 
						Em 7 de outubro de 1928, Santos foi palco de um dos crimes mais chocantes da história do Brasil. / (Imagem: Domínio Público)
Continua depois da publicidade
Com a chegada do Dia das Bruxas, lembramos que nem todas as histórias assustadoras são fictícias. Em 7 de outubro de 1928, Santos foi palco de um dos crimes mais chocantes da história do Brasil.
O “Crime da Mala”, envolveu o assassinato brutal de Maria Mercedes Fea Pistone, grávida de seis meses. Um caso real que até hoje provoca arrepios e fascínio histórico.
Continua depois da publicidade
O transatlântico francês Massilia, atracado no cais do porto de Santos, estava carregando bagagens quando uma mala-baú caiu de um guindaste. O cheiro insuportável chamou a atenção de marinheiros e do delegado Armando Ferreira da Rosa.
Ao ser aberta, a mala revelou o corpo da jovem, mutilado e acompanhado de uma navalha, roupas e produtos usados para tentar disfarçar o odor do cadáver.
Continua depois da publicidade
Giuseppe Pistone, marido da vítima, havia estrangulado Maria Fea durante uma discussão e, para despistar a polícia, decidiu colocar o corpo na mala e despachá-lo para a Europa a bordo do Massilia.
Para encaixar o corpo, ele cortou os joelhos da esposa e fraturou a coluna, demonstrando frieza e planejamento macabro.
Graças à etiqueta da mala e à colaboração de carregadores, romenos envolvidos no transporte da bagagem e moradores próximos, a polícia conseguiu rastrear Pistone até São Paulo.
Continua depois da publicidade
Ele foi preso e confessou o crime. O caso mobilizou autoridades de Santos e da capital paulista, revelando um planejamento cruel que chocou o país.
O “Crime da Mala” teve grande repercussão nos jornais da época e até cinco mil curiosos foram ao necrotério municipal para ver o corpo da vítima. Maria Fea foi sepultada no Cemitério da Filosofia, no bairro do Saboó.
Hoje, a história é lembrada como um dos casos mais perturbadores da criminalidade brasileira e serve como um exemplo de que algumas histórias de horror são, infelizmente, reais.
Continua depois da publicidade