Santos

Covid-19: Moradores de São Vicente ocupam 21% dos leitos de UTI em uso de Santos

De acordo com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, cidade não faz distinção da moradia dos pacientes e diz que Santos está focada em salvar vidas

LG Rodrigues

Publicado em 27/04/2020 às 12:45

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Recentemente, Santos abriu mais vagas na Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste / Anderson Bianchi / Prefeitura Municipal de Santos

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De acordo com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, 40% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Santos são hoje ocupados por moradores de outros municípios. Dentro deste número, mais de 20%, ou seja, mais da metade, se encontram moradores de São Vicente. A informação foi repassada pelo chefe do Executivo durante transmissão em suas redes sociais no começo da noite deste domingo (26).

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Correndo contra o tempo e o avanço do novo coronavírus para entregar mais leitos de UTI devido ao crescente número de pessoas doentes, Paulo Alexandre Barbosa afirmou que atualmente, mais da metade dos leitos que existem dentro do município já se encontram ocupados.

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“Ao todo, 52% dos leitos de UTI de Santos já estão ocupados. A gente pede que os moradores da Baixada tenham essa consciência coletiva porque o sistema de saúde de Santos não vai conseguir suportar essa necessidade regional. Não vamos deixar de cumprir com nossa responsabilidade, mas dentro desse pensamento coletivo, não é correto muitas pessoas estarem dentro de casa, deixando de ir à praia num dia bonito desses para que outras pessoas façam isso e essas pessoas em breve, de repente, possam estar necessitando de vagas no sistema de saúde e tirando vagas de quem está cumprindo o isolamento”, afirmou o chefe do Executivo santista.

Barbosa ainda complementou as estatísticas ao dizer que destes leitos ocupados atualmente, cerca de 40% estão sendo utilizados por moradores de fora da cidade de Santos, sendo que São Vicente, com 21% é o município que mais ocupa as vagas nas unidades de saúde santistas. Os outros 19% são divididos entre cidadãos de Praia Grande, Cubatão, Guarujá, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

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“É muito importante que a gente cumpra a quarentena porque [o número de casos] só está aumentando. Nossos leitos estão sendo ocupados e a cada dia têm a sua ocupação ampliada”.

Recentemente, Santos abriu mais vagas na Unidade de Pronto Atendimento da Zona Leste. No portal da prefeitura, é possível encontrar uma relação que detalha estas vagas. Santa Casa: 70 vagas (30 de enfermaria e 40 UTIs); Beneficência Portuguesa: 33 vagas (24 de enfermaria e 9 UTIs); Hospital Guilherme Álvaro: 40 vagas (20 de enfermaria e 20 UTIs); Complexo Hospitalar dos Estivadores: 50 vagas (30 de enfermaria e 20 UTIs); UPA Zona Leste: 46 vagas (41 de enfermaria e 5 UTIs); Hospital de Pequeno Porte: 14 vagas (9 de enfermaria e 5 UTIs); Afip Medicina Diagnóstica: 25 vagas (enfermaria).

Questionado por uma moradora durante a transmissão nas redes sociais sobre o motivo de Santos permitir que cidadãos de outras cidades ocupem vagas na cidade, Paulo Alexandre respondeu que o município não faz qualquer tipo de distinção no momento em que realiza o atendimento médico dos pacientes que procuram as unidades de saúde.

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“O SUS é um sistema universal de saúde e ele exige que os municípios possam fazer esse atendimento universal. Chegou? Tem que atender e é o mais adequado porque se chega uma pessoa correndo risco de morte por falta de leito na sua cidade, com a pessoa morrendo não podemos pedir RG, comprovante de residência, nós temos que salvar essa vida. Santos sempre cumpriu esse atendimento regional. Nosso equipamento de saúde, as UPAs, hospitais, quase têm um atendimento meio a meio, metade de Santos e metade da Região, não é algo de agora e na crise, isso se potencializa. Precisamos de consciência coletiva, muita gente diz que é ilusão uma possível superlotação do sistema de saúde, mas a gente antes trabalhava com imagens de hospitais da Itália, Estados Unidos, Espanha, países escolhendo quem tem que morrer, mas agora já chegou a Manaus, já está no País e a nossa Capital já está em uma situação desafiadora”, conclui.

 

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