Violência contra mulher

Caminhada une santistas para conscientização sobre violência contra a mulher

No trajeto, desde a Avenida Conselheiro Nébias até a Concha Acústica (canal 3), o grupo ostentava faixas, frases e lembretes como o telefone 180, para denúncia

Da Reportagem

Publicado em 26/11/2023 às 15:53

Atualizado em 26/11/2023 às 15:59

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Manifestação em Santos / Divulgação/PMS

Vestidas de camiseta cor de laranja, diversas mulheres fizeram um percurso na orla na manhã deste domingo (26), do Boqueirão ao Gonzaga, unidas na caminhada Basta de Violência Contra a Mulher.

Organizada pela Secretaria Municipal da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos da Prefeitura (Semulher), a iniciativa faz parte de um grito mundial contra a violência doméstica, o chamado Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, que tem o 25 de novembro como data oficial.

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No trajeto, desde a Avenida Conselheiro Nébias até a Concha Acústica (canal 3), o grupo ostentava faixas, frases e lembretes como o telefone 180, para denúncia de violência contra a mulher.

Vice-prefeita e titular da Semulher, Renata Bravo, explicou a mobilização. "Nossa proposta foi reunir vários movimentos femininos. Precisamos incentivar mulheres a protegerem mulheres", disse ela, lembrando ainda que a caminhada é uma forma de mostrar para as vítimas que há caminhos para vencer a violência, seja emocional, física, patrimonial ou outras.

"A mulher que sofre violência sente muito constrangimento em falar que o companheiro que escolheu está praticando agressão contra ela. É preciso vencer a barreira do constrangimento; a mulher precisa saber que, caso aconteça, há uma rede de proteção para sair desse ciclo violento e partir para uma vida digna e de respeito", completou Renata. 

Antes do início da caminhada, alunos dos cursos de Enfermagem e de Educação Física da Unimes mediram a pressão arterial e promoveram um aquecimento para garantir que todos participassem com segurança. 

Ao longo do roteiro, houve animação da bateria Sinfônica do Dragão, da escola de Samba Dragões do Castelo; participação do grupo Bordalo Cultural interagindo com o público; presença do motoclube feminino Lokas do Motoclube; além do apoio dos Movimento de Arregimentação Feminina (MAF); Soroptimist Internacional de Santos; Mulheres que Decidem; Grupo Mulheres do Brasil – Santos.

Ações

A autônoma Celia Theresa Muniz fez a caminhada junto com o marido, o também autônomo Agnaldo Marcelino Muniz. "Ainda vemos muitos casos de violência contra a mulher, como o recente acontecimento com a apresentadora Ana Hickman; contra isso nós temos que ir para a rua participar e ajudar na conscientização", disse Celia.

Contribuindo com a causa, o marido afirmou enviar mensagens para os amigos via redes sociais para aumentar o número de homens engajados na causa.

Já a funcionária pública Dilam Maria Gualberto Dória se engajou na causa porque na infância viu a mãe ser vítima de violência doméstica. 

"As mulheres muitas vezes não têm coragem de sair desta situação. Então, eventos assim mostram que elas têm apoio para vencer este ciclo. Meu pai não era uma má pessoa, mas era alcoólatra. Nunca chegou a agredir minha mãe porque ela se defendia e nós éramos três crianças, era muito difícil. Ela demorou 12 anos para deixar essa vida".

 

 

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