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Santos

Câmara de Santos deve manter R$ 31 mi

De Rosis deverá devolver ao Executivo o mesmo que Adilson Júnior.

Carlos Ratton

Publicado em 19/08/2019 às 08:32

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Gastos até o final do ano estão em processo licitatório. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

A Câmara de Santos gastou, até o meio de agosto, R$ 29.523.620,67 do total de sua receita deste ano que é R$ R$ 89.682.000,00. O montante representa cerca de 33% do orçamento do Legislativo e os números estão no Portal de Transparência da Casa. Em média, o atual presidente do Legislativo Santista, Rui De Rosis (MDB) está gastando cerca de R$ 4,9 milhões dos R$ 7.473.500,00 que recebe mensalmente do Executivo para manter o Legislativo funcionando.

Se continuar neste ritmo, ou seja, se a Casa não tiver nenhuma despesa extra nos próximos quatro meses e meio que restam de 2019, terminará o ano gastando cerca de R$ 58,8 milhões mantendo cerca de 31 milhões em caixa, podendo devolver ao Executivo praticamente o mesmo valor devolvido em 2018 pelo ex-presidente, Adilson Júnior (PTB).

Vale lembrar que, em dezembro do ano passado, a Câmara devolveu R$ 28,5 milhões à Prefeitura de Santos. Anteriormente, o Legislativo já havia feito um repasse de R$ 2,5 milhões à Caixa de Assistência ao Servidor Público Municipal de Santos (Capep Saúde), totalizando uma economia de R$ 31 milhões no orçamento em 2018.

Também é importante ressaltar que a devolução anual vem se tornando um verdadeiro reforço ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que sempre aponta dificuldades financeiras para pagar o 13º salário dos pouco mais de 11 mil servidores.

DESPESAS MENSAIS

Os números são arredondados e baseados nas despesas até julho último, mas a maior despesa mensal da Câmara é com os servidores - 2,08 milhões. Com salários dos 21 vereadores a Casa gasta R$ 208,8 mil. Ou seja, são cerca de R$ 2,3 com despesas de pessoal. Então, o R$ 2,6 milhões restantes que completam o custo mensal de cerca de R$ 4,9 milhões serve para pagar energia (16,2 mil mensais); água e esgoto (R$ 8,1 mil); vale-transporte (3,7 mil) e auxílio-alimentação (R$ 88,7 mil) e outras despesas, como informática (R$ 25,4 mil) e empresa de gás (R$ 12,1 mil).

A Câmara gasta ainda cerca de R$ 155,5 mil por mês com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e R$ 1,2 milhão com o Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Santos (IPREV) e R$ 57 mil mensais com a Caixa de Pecúlios dos Servidores (Capep). Com restituições trabalhistas são R$ 87 mil mensais e com o Centro de Integração Empresa Escola a Câmara gasta por mês R$ 15,9 mil. Outras despesas podem ser conferidas no Portal da Transparência.

CÂMARA

Procurada, a Câmara de Santos, por sua Assessoria de Imprensa, informou que os gastos previstos para até o final do ano estão relacionados aos procedimentos licitatórios em andamento. Porém, não há um valor exato. No entanto, as despesas relacionadas aos rendimentos dos servidores efetivos no mês de julho/2019 foi de R$ 1.332.390,43.

A remuneração do assessor parlamentar, correspondente ao símbolo C2, equivale a R$ 7.760,00 (sete mil, setecentos e sessenta reais) além do auxílio alimentação no valor de R$ 456,94. O valor do subsídio mensal de cada um dos 21 vereadores corresponde a R$ 9.938,94. A Câmara não fornece disponibilidade financeira para os gabinetes dos parlamentares.

Rui De Rosis revela que a Câmara passará por uma profunda mudança estrutural e administrativa, o novo modelo prestigiará o funcionário concursado retirará grande parte da influência política da administração, dando maior autonomia e independência aos órgãos.

"Foram extintos 24 cargos de livre provimento e criados 10 cargos, desta forma, todos os demais cargos, exceto os de assessores parlamentares, serão preenchidos por funcionários concursados, assim, todas diretorias e chefias. Com o corte dos 14 cargos de nomeação livre o Legislativo passará a economizar pouco mais de um milhão de reais", finaliza De Rosis, afirmando preparar a Casa para as próximas décadas. 

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