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Santos

Baixada Santista tem ampla rede de apoio psicossocial

Mais de 100 mil pessoas são atendidas nos serviços gratuitos; locais proporcionam inclusão para familiares e pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas

Rafaella Martinez

Publicado em 20/05/2017 às 12:00

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Com a rede mais abrangente, Santos conta com 13 serviços de apoio psicossocial, sendo cinco CAPS, três CAPSi e uma unida do Núcleo de Atenção ao Toxicodependente / Matheus Tagé/DL

Como resultado da política pública que estabelece novas formas de tratar a Saúde Mental, os serviços de atendimento à população estão organizados no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Ao todo, são sete componentes, o que diminui a necessidade de leitos de saúde mental. Na Baixada Santista, 105.040 pessoas usufruem dos serviços gratuitos disponíveis nos espaços.

São eles: a Atenção Básica, utilizando as Unidades Básicas de Saúde, Núcleos de Apoio a Saúde da Família, Consultórios na Rua, Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório e Centros de Convivência e Cultura; Atenção Psicossocial Especializada: Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades; Atenção de Urgência e Emergência; Atenção Residencial de Caráter Transitório, a partir das Unidades de Acolhimento; Atenção Hospitalar, a partir de leitos de saúde mental em hospitais gerais; Estratégias de Desinstitucionalização, por meio de Serviços Residenciais Terapêuticos, Programa de Volta Para Casa e Programa de  Desinstitucionalização; e Estratégias de Reabilitação Psicossocial, através de iniciativas de trabalho e geração de renda, empreendimentos solidários e cooperativas sociais.

Com a rede mais abrangente, Santos conta com 13 serviços de apoio psicossocial, sendo cinco CAPS, três CAPSi e uma unidade do Núcleo de Atenção ao Toxicodependente. No total, 42.982 pessoas usufruem dos serviços. Há atendimento especializado para crianças e programas como o ‘Tô Ligado’, destinado para adolescentes.

São Vicente conta com seis CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). No total, 31.289 vicentinos estão cadastrados nos serviços. A Secretaria de Saúde (Sesau) oferece nos CAPS II: medicação assistida, hospitalidade dia, grupos terapêuticos, oficinas de terapia ocupacional de diversas modalidades (recicláveis, arte em tecidos, jardinagem, expressão corporal entre outras), além dos atendimentos em serviço social, psicologia, enfermagem e psiquiatria.

A Sesau dispõe de cinco de hospitalidade integral no CAPS III Mater e há casos, segundo avaliação médica, que são solicitadas vagas no PAI.

Em Guarujá, 2.371 pessoas estão cadastradas nas cinco unidades de apoio psicossocial do município. Atividades artísticas e oficinas fazem parte do funcionamento dos espaços.

Bertioga possui 1 unidade de Atenção Especializada em Apoio Psicossocial, o CAPS, que oferta atendimento psiquiátrico, psicológico, serviço social e de enfermagem. A Rede de Atenção Psicossocial envolve SAMU, Pronto Socorro e Hospital Bertioga para os casos de urgência. São oferecidos variados grupos e oficinas, como: oficinas de artesanato e desenho, espaço de convivência, roda de conversa, grupo de orientação social, grupo de medicação, grupo de apoio à família e grupo de apoio ao dependente químico. Cerca de quatro mil pacientes estão cadastrados, incluindo ativos e inativos porém são atendidos em média 350 pacientes por mês.

O município de Cubatão conta com três unidades de apoio psicossocial. 6.100 pessoas utilizam os serviços entre CAPS, Ambulatório de Saúde Mental e Caps AD (Álcool e Drogas). As unidades contam com equipe multiprofissional e há oficinas terapêuticas de artesanato. Os pacientes que passam o dia nas unidades contam com uma oficina diferenciada por dia. Atualmente há programa de arte e inclusão mantido pelo Governo do Estado, o Arte nas Cotas.

A cidade de Praia Grande inaugurou duas unidades do Centro de Atenção Psicossocial em janeiro deste ano e reforçou a rede de atendimento psicossocial. Os novos equipamentos são os Centros de Atendimento Psicossocial Infantil (Caps i) e o Álcool e Drogas (Caps AD). Além disso, são dois Caps II, um no Bairro Boqueirão e outro na  Mirim, dividindo a Cidade em duas regiões para este tipo de atendimento. Desta forma os serviços prestados ganham em agilidade.

O Município tem como foco para este tipo de atendimento privilegiar a sociabilização e ressaltar este aspecto para motivar os atendidos e os integrantes de suas famílias. Trabalhos em grupo como aulas de pintura, artesanato, horta comunitário, além de apresentações artísticas e eventos alusivos a datas comemorativas, como carnaval, festa junina, são realizados e reforçam esta prática. No total, 9.598 pessoas estão cadastras nos serviços.

Litoral Sul. Mongaguá tem uma Unidade de Saúde Mental, localizada no bairro Vera Cruz. O local recebe as demandas das demais unidades de saúde e avalia caso a caso a necessidade dos pacientes.

Há cerca de 4.500 pacientes cadastrados na unidade, que tem dois psiquiatras e três psicólogos, além de equipe de apoio e administração. No local há atendimento básico, ambulatorial e de orientações aos pacientes.  

Atualmente a RAPS de Peruíbe só conta com o CAPS I na atenção especializada. No local há oficinas de fibra de bananeira, horta, terapia ocupacional, grupo de prevenção a recaída ao uso de álcool e drogas, grupo de leitura, além dos atendimentos individuais (médico, psicológico e social). Há cerca de 700 pessoas cadastradas. O município não conta com nenhum leito psiquiátrico. 

Itanhaém possui três unidades de apoio psicossocial. No tratamento, a unidade realiza grupos de família, oficinas terapêuticas, acolhimento, atendimento dia, grupos terapêuticos e visita domiciliar. Há cerca de 3.500 pessoas cadastradas.

A cidade ainda não tem leitos psiquiátricos (aguardando Hospital Regional Jorge Rossmann) e as emergências são atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Havendo necessidade de internamento, o paciente é encaminhado para o PAI - Polo de Atendimento Intensivo, em Santos e/ou Comunidades Terapêuticas.

“Vale ressaltar que a internação é utilizada como último recurso. Considerando a política de Saúde Mental do Ministério da Saúde toda pessoa que necessita de cuidados em saúde mental devem ser atendidas no Município. Observa-se então, desde 2011, com a criação do Programa Cuidar, um grande investimento direcionado à Saúde Mental”, informa a Administração.

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