Santos

Bairro Chinês recebe melhorias e resgata importância histórica em Santos

Com localização estratégica na entrada da cidade, região recebe ações de zeladoria, resgata memórias e reforça sua relevância

Luna Almeida

Publicado em 20/05/2025 às 22:30

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Mesmo com raízes históricas fortes, o bairro Chinês acompanha a modernização da cidade / Divulgação/PMS

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Quem entra em Santos pela região central passa, inevitavelmente, pelo bairro Chinês. Pequeno em tamanho, com pouco mais de 71 mil metros quadrados e apenas 33 residências registradas, o local se destaca não apenas pela posição estratégica, mas também por carregar um pedaço importante da história da cidade. 

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Atualmente, essa herança ganha ainda mais visibilidade com os serviços do programa Viva o Bairro, que leva melhorias urbanas e atenção especial à região até o final de maio.

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Os trabalhos incluem ações como caiação, corte de grama, poda de árvores, raspação, limpeza, pintura de espaços públicos, tapa-buracos e reparos em bocas de lobo. Além disso, o tradicional monumento do Cristo Redentor, feito de areia do mar e localizado na Praça Lions Clube, também está recebendo revitalização. 

A estátua de 2,75 metros, criada em 1980 por Pedro Germi, é um símbolo de boas-vindas a quem chega pela entrada da cidade.

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História marcada por imigração e cultura popular

Apesar do nome, o bairro não tem origem chinesa. O apelido surgiu por conta das feições orientais dos primeiros moradores, imigrantes japoneses que se estabeleceram na região. 

Com o tempo, o bairro também passou a abrigar imigrantes espanhóis, portugueses e migrantes do Nordeste, principalmente trabalhadores do Porto de Santos. 

O crescimento econômico foi acompanhado pelo surgimento de comércios como açougues, padarias e quitandas.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, o bairro enfrentou um período de desvalorização e foi gradualmente perdendo moradores de maior poder aquisitivo. 

Mais tarde, durante o regime militar, foi incorporado ao bairro do Valongo e só teve sua identidade oficialmente reconhecida em 2011, com uma atualização na legislação municipal.

Berço do Carnaval santista e do futebol varzeano

A história do Chinês também está ligada à cultura popular. Um dos primeiros blocos de Carnaval da cidade nasceu ali, o "Babys do Jardim da Infância", ativo entre 1940 e 1950. 

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Posteriormente, os foliões criaram o bloco "Turistas do Bairro Chinês", que arrastava multidões do Centro até a praia durante as noites de festa. O pioneirismo carnavalesco foi lembrado em 2018, quando o bairro foi homenageado pelo tradicional Carnabanda.

No esporte, o destaque fica por conta da Sociedade Esportiva Barreiros, clube de várzea fundado em 1948. Foi jogando pelo time do bairro que Clodoaldo Tavares Santana, campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa de 1970, começou sua carreira. 

O Barreiros também revelou outros atletas para o Santos FC, como o meio-campista Negreiros.

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Modernização sem apagar o passado

Mesmo com raízes históricas fortes, o bairro Chinês acompanha a modernização da cidade. Na Praça Lions Clube, foi inaugurado em 2016 o segundo hotel da rede Ibis em Santos, com 15 andares e 240 quartos. 

Localizado em uma das principais entradas da cidade, o empreendimento é estratégico para turistas e viajantes a trabalho, ficando próximo da rodoviária, do terminal de cruzeiros e das rodovias de acesso à capital.

Praças ganham nova vida

A Praça Manoel de Almeida, ponto central do bairro, está sendo completamente reformada. O espaço agora conta com pista de caminhada de 200 metros, miniarquibancada, áreas de paisagismo e uma academia ao ar livre revitalizada. 

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O parquinho infantil também passa por melhorias, com destaque para um novo caminho sensorial, voltado especialmente para crianças com autismo. A reforma está sendo realizada com o apoio da EcoFábrica.

Enquanto os serviços avançam, o bairro Chinês reafirma sua importância para a identidade santista. 

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