São sete quilômetros que conectam bairros inteiros / Wikimedia Commons
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A rua mais bonita do Brasil pode não ser nossa, mas quem caminha pela orla de Santos percebe rapidamente que ali existe mais do que um cenário bonito. O conjunto formado por praia, jardins e calçadões cria uma paisagem que nenhum outro município da Baixada Santista conseguiu reproduzir com a mesma harmonia.
São sete quilômetros que conectam bairros inteiros e, sobretudo, histórias de moradores que adotaram aquele trecho como parte essencial da rotina.
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Essa avenida natural, ladeada por coqueiros, ciclovias, esculturas e canteiros milimetricamente cuidados, tornou-se símbolo de identidade local.
A cada manhã, o movimento surge com pessoas correndo ou pedalando; à tarde, famílias se espalham pelos jardins; e à noite, o espaço ganha outro ritmo, marcado por conversas à beira-mar e um clima que só quem mora por aqui reconhece de longe.
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O famoso jardim da orla santista é tão emblemático que, em 2002, recebeu o reconhecimento do Guinness World Records como o maior jardim frontal de praia do planeta. São 5.335 metros de extensão e até 50 metros de largura, somando mais de 218 mil metros quadrados de área verde.
A concepção original remonta a 1914, quando Saturnino de Brito, engenheiro sanitarista, imaginou toda a faixa praiana completamente ajardinada.
O projeto só ganharia forma a partir de 1936, com trechos inaugurados três anos depois e sucessivas ampliações entre 1949 e 1959, incluindo fontes, postos de salvamento e o Aquário Municipal.
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Do desenho geométrico das décadas de 1970 e 1980 ao formato curvilíneo atual, adaptado à ciclovia, o jardim evoluiu sem perder sua essência.
Hoje, são cerca de 38 monumentos espalhados pelo trajeto, homenageando personagens importantes para Santos e para o Brasil, entre eles o próprio Saturnino de Brito e Santos Dumont.
A vegetação impressiona pela variedade: cerca de 1.300 canteiros e vasos, com mais de 70 espécies, além de 1.800 árvores de diferentes portes. Biris, dracenas, margaridas, coleus, chapéus-de-sol e palmeiras formam um mosaico colorido que acompanha o vai e vem das ondas.
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A orla funciona como ponto de convergência. O canal 3, o canal 5 e o mirante da Ponta da Praia são locais tradicionais de encontro, cada um com sua própria dinâmica.
O calçadão, sempre bem conservado, registra amizades, primeiros encontros, treinos, festas espontâneas e as histórias que se repetem geração após geração.
Além disso, a estrutura gratuita é um dos grandes diferenciais: quadras, academias ao ar livre, ciclovias, playgrounds e acessos facilitados permitem que moradores e turistas compartilhem o mesmo espaço sem barreiras. Conheça melhor a orla de Santos com o vídeo do canal iTechdrones abaixo:
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Nenhuma outra cidade da região reúne, de maneira contínua, uma orla tão urbanizada e integrada à vida cotidiana quanto Santos.
A combinação de natureza, cuidado urbanístico, áreas de convivência e identidade histórica criou algo raro no litoral brasileiro: uma avenida que é, ao mesmo tempo, paisagem, cartão-postal e lugar de pertencimento.
Por isso, ao comparar as orlas da Baixada, moradores não hesitam. Para eles, a mais bonita de todas continua sendo a que transformou sete quilômetros de beira-mar em parte essencial da cidade: a orla de Santos.
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