Santos

Após Governo pedir que moradores não viajem, Santos registra chegada de 200 carros

Pedido de membros do Governo do Estado é ignorado e Baixada Santista recebe centenas de veículos neste primeiro dia de megaferiado

LG Rodrigues

Publicado em 20/05/2020 às 12:00

Atualizado em 20/05/2020 às 12:00

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Barreiras sanitárias receberam centenas de carros com placas de São Paulo nesta quarta-feira / Nair Bueno / Diário do Litoral

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Apesar dos inúmeros pedidos de integrantes do Governo do Estado e dos diversos apelos para que a população não trate o megaferiado de seis dias como um período para viajar, dezenas de pessoas pegaram seus automóveis e decidiram deixar os municípios da Região Metropolitana de São Paulo e rumaram em direção ao litoral nesta quarta-feira (20). O resultado pôde ser visto nas vias de acesso às cidades caiçaras, que registraram longas filas de carros e congestionamentos. Segundo autoridades que estavam nas ruas, apenas Santos recebeu mais de 200 automóveis nas últimas horas.

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O megaferiado foi uma ação planejada por autoridades na esfera estadual como uma forma de tentar manter a população de São Paulo, Estado mais afetado no Brasil pela pandemia do novo coronavírus, dentro de suas casas e sem pegar transporte público. Dentre as autoridades que pediram para que a população tivesse responsabilidade e ficasse dentro de casa esteve o secretário de Saúde, José Henrique Germann.

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"Hoje estamos na véspera de um feriado e eu gostaria de enfatizar que não é um feriado de lazer. É um feriado em casa", afirmou.

O recado, entretanto, não foi entendido pela maioria e o resultado pôde ser visto em algumas das vias de acesso ao município de Santos. A cidade implantou pontos de controle de acesso no Elevado da Alemoa e na Avenida Nossa Senhora de Fátima com a Rua Ana Santos, locais fiscalizados pela CET devido ao tráfego de caminhões. Já a Guarda Civil Municipal permaneceu na Avenida Martins Fontes, no Saboó. Segundo as autoridades, desde o dia 22 de março, 9,5 mil veículos já foram abordados.

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Os prefeitos das nove cidades da Baixada Santista chegaram a prever que isso poderia ocorrer e enviaram um pedido ao Governo do Estado para que fossem implantados bloqueios nas vias de acesso à Região, o que incluiria o Sistema Anchieta-Imigrantes. Apesar de ter recebido uma sinalização favorável durante o fim da manhã desta terça-feira (19), o Estado decidiu recuar na intenção de criar bloqueios e afirmou que apenas apoiaria as barreiras sanitárias implantadas pelas nove cidades e que já haviam sido feitas anteriormente em outros feriados prolongados durante os últimos três meses.

"O Governo do Estado se comprometeu e nos deu a garantia de que vai sim existir um bloqueio no Sistema Anchieta-Imigrantes, mas não sabemos detalhes. Tudo que sabemos, até o momento, é que ele passará a vigorar de maneira imediata e será destrinchado pelo próprio Governo do Estado nas próximas horas de hoje", disse no início da tarde.

Apesar de ter afirmado que iria colaborar com bloqueios e barreiras, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi afirmou que não seria possível realizar o bloqueio do SAI.

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"Tivemos duas reuniões com os prefeitos da Baixada Santista e delimitamos que não seria possível a interdição de estradas, mas que o Governo do Estado irá apoiar as restrições que os cada uma das cidades implementarem em seus territórios", afirmou.

 

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