Saúde

Projeto feito por fisioterapeuta em Praia Grande é selecionado para mostra nacional

Servidora aplicou tapete sensorial a crianças do CER

Da Reportagem

Publicado em 11/07/2022 às 10:01

Atualizado em 11/07/2022 às 10:16

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Centro Especializado em Reabilitação de Praia Grande / Foto: Reprodução/Youtube

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Desenvolver projetos para o bem da comunidade, indo além do seu ofício  diário. É o que faz destacar os profissionais da saúde  praia-grandense, caso da fisioterapeuta Keyla Albino da Silva  Dall'Acqua. Ela está cursando o primeiro semestre em odontologia e  desenvolveu uma atividade da graduação para beneficiar os pacientes do Centro Especializado em Reabilitação (CER), local onde trabalha como funcionária pública da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande. O esforço deu tão certo que não só auxiliou as crianças que  fazem sessões de fisioterapia na unidade como o projeto foi  selecionado para ser exibido em uma mostra virtual para todo o Brasil.

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O trabalho realizado na ala infantil do CER foi o do tapete sensorial,  que possibilita o desenvolvimento dos sentidos, em especial do tato,  permitindo que o paciente sinta diversos materiais, bem como suas  formas e texturas. O método pode ser aplicado em adultos e crianças,  com foco em pacientes autistas, deficientes visuais, pacientes em  reabilitação de acidente vascular cerebral (AVC) e em tratamento de  câncer, que costumam apresentar alteração na sensibilidade das mãos e  pés.

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Keyla conta que a proposta surgiu em um trabalho da faculdade, em uma  disciplina que incentiva a criação de projetos inovadores de cunho  social. E por já trabalhar com pacientes com necessidades específicas  no CER, ela levou a ideia para as colegas de sala, que aprovaram de  primeira.

“Como a gente devia pensar em um projeto para a comunidade, sugeri o  tapete sensorial, que tem um custo baixo. Você pode fazer com qualquer  objeto, como passadeira de cozinha, zíper e bolso de calça, esponja  vegetal, feltro, plástico bolha, xuxinha de cabelo, não precisa  comprar nada, basta usar aquilo que tem em casa”, explica a  fisioterapeuta do CER e aluna do primeiro semestre de odontologia da  Universidade São Judas.

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Após o aval da chefia, o tapete sensorial foi implantado junto as  crianças que recebem tratamento no equipamento de saúde. E contou com  a importante colaboração das colegas fisioterapeutas do CER, que  convidaram as mães a trazerem seus filhos para conhecerem o tapete,  aprenderem a montá-lo e aplicarem a técnica em casa.

“Foi bem bacana, as crianças curtiram bastante, foi um dia específico  para mostrar e construir junto com eles e a crianças se divertiram à  beça porque tinha um monte de coisa colorida. Tivemos alguns autistas  que participaram e para eles essa parte sensorial é muito importante  porque eles não gostam do toque. Então, a maioria deles gostou da  parte áspera e só foi explorar a parte mais fofinha e lisinha depois  de experimentar as partes ásperas do tapete” lembra.

Os resultados foram bastante positivos. Como as fisioterapeutas  precisam tocar nas crianças para conduzir os exercícios, o tapete  sensorial as deixou mais calmas nas sessões posteriores, permitindo  uma maior aceitação delas ao toque. A fisioterapeuta Daniela Oliveira  conta da experiência do tapete sensorial aplicada à pequena Lorena.

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“Ela surpreendeu a gente, pois chorava muito e entrava em pânico ao  chegar na porta da sala. Mas convidamos a mãe, que foi super  colaborativa, fez o tapete, começou a aplicar na criança e gerou um  resultado maravilhoso. Ela conseguiu aos poucos sensibilizar a criança  e melhorar essa condição dela ao toque. Hoje ela entra feliz para  fazer as sessões, interage comigo, brinca, já deixa eu tocá-la para  fazer os exercícios”, relata.

Além de cumprir o solicitado pela disciplina, o projeto do tapete  sensorial foi inscrito na plataforma de ensino da universidade, que  reúne instituições de educação superior de todo o Brasil. O projeto  conduzido por Keyla concorreu com 3.600 projetos de inúmeras  faculdades e acabou escolhido entre os 32 melhores que foram exibidos  durante uma mostra virtual nacional que ocorreu em junho. “É uma  alegria muito grande ver os resultados desse projeto. Todos os alunos  e professores da plataforma Anima puderam assistir ao mesmo tempo a  exibição ao vivo e agora ele está disponível no You Tube” completa.

Estiveram envolvidas no projeto as seguintes profissionais do CER:  Keyla Albino da Silva Dall'Acqua, Vera Bontempi, Érica Bertaglia,  Daniela Oliveira e Tereza Cristina Ferreira.

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Para conhecer mais sobre o projeto assista ao vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=C5f2vT3JWG0

CER – O Centro Especializado em Reabilitação (CER) realiza o  atendimento em especialidades médicas de neurologia, neurocirurgia,  neurologia infantil, pediatria e ortopedia. O equipamento fornece  ainda acompanhamento com equipe multidisciplinar em fisioterapia,  terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia e serviço social.  Atende também crianças e adolescentes em grupos de reabilitação  intelectual e física e adultos e idosos em reabilitação neurológica e  ortopédica. O CER está localizado na Rua Roberto de Almeida Vinhas,  s/nº, Bairro Mirim.

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