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Praia Grande

Projeto escolar leva balé a alunos do bairro Esmeralda, em Praia Grande

Aulas ocorrem no contraturno escolar do EM Profª Maria Clotilde

Da Reportagem

Publicado em 21/12/2021 às 16:10

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Aulas ocorrem no contraturno escolar do EM Profª Maria / Divulgação/ PMPG

Aos 14 anos, Izadora Caroline Batista Tomé nutre o sonho de ser bailarina. Pouco antes de surgir a pandemia, a jovem começou a fazer aulas da modalidade em uma escola específica, mas precisou parar pela necessidade do distanciamento social. Quase dois anos depois, o desejo se tornou mais real graças à iniciativa organizada pela EM Profª. Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo, no bairro Esmeralda, em Praia Grande.

Com o apoio voluntário, a unidade de ensino passou a oferecer aulas de balé aos alunos no contraturno escolar. Como resultado, a equipe gestora organizou o projeto “Musicalizando Vidas”, que resultou na apresentação do espetáculo no tema “O Sentido da Vida”. Foram quatro sessões abertas a alunos, comunidade, professores e equipes técnicas da Secretaria de Educação (Seduc).

A jovem Izadora participou dos espetáculos. Por ser a de mais idade se tornou uma referência para as colegas de sala de aula que não fazem parte do projeto e para as meninas que dividiram o palco com ela durante a apresentação. “Tem sido uma experiência incrível. Às vezes me sinto mais preparada para poder ajudá-las. Sempre quis fazer balé e aproveitei que a escola começou a oferecer as aulas para poder fazer”, contou.

Para a aluna do 9º ano do Ensino Fundamental praticar balé na unidade onde estuda era algo impossível de acontecer. “Foi de verdade uma surpresa muito boa. Quando vi que poderia realizar um sonho de pequena na escola onde tenho aula não acreditei. Porque aqui as ações oferecidas no contraturno eram mais futebol ou outros esportes. Então, o balé fugiu do que a gente estava acostumado e nos surpreendeu bastante”.

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A surpresa para Izadora começou há dois meses, aproximadamente. As atividades das turmas de balé, assim como as de violão, tiveram início quando a Secretaria de Educação avançou o Plano Municipal de Retomada das Aulas Presenciais. Em outubro, as unidades de ensino passaram a receber 100% da totalidade dos alunos, entretanto, de forma facultativa. Ou seja, os pais podiam optar se os filhos regressariam ou continuariam a acompanhar as aulas de forma remota.

Duas vezes por semana, as alunas participam das aulas no contraturno escolar. A incumbência de passar os ensinamentos fica a cargo da professora Meire Ghigmatti. Ela leciona no ensino regular nos períodos da manhã e intermediário e, nos dias do balé, fica de forma voluntária para passar as técnicas da modalidade para as pequenas. “Nosso objetivo é levar a cultura do balé para o Bairro. Além de introduzir a dança para as meninas também formamos um público que começa a apreciar”.

Apesar do curto período de aulas, o envolvimento dos pais tem sido fundamental. De acordo com a professora, os responsáveis abraçaram a causa ao comparecerem aos ensaios, participaram da reunião de apresentação do projeto e estão engajados em todas as ações propostas. “E as crianças entendem que estão marcando história na escola, por fazerem parte da primeira turma. Ainda que de máscaras e com todos os cuidados necessários é uma retomada ao que vivíamos antes da chegada da pandemia”, enfatizou Meire Guigmatti.

Conquista.

O projeto Musicalizando Vidas surgiu justamente com o objetivo de representar o retorno efetivo da rotina existente antes da pandemia causada pela Covid-19. Somado a isso, gestores da unidade buscam ofertar aos alunos da comunidade opções para que possam desenvolver outras potencialidades. A unidade tem como proposta oferecer atividades no contraturno escolar, como balé, violão, música e outras modalidades.

De acordo com o diretor da EM Profª Maria Clotilde Lopes Comitre Rigo, Marcio Dias Cerqueira, o projeto surgiu no início de 2021, ainda durante a pandemia. “E mesmo neste curto espaço de tempo conseguimos trabalhar a temática com os alunos e propor a apresentação. Um espetáculo feito pelas crianças da comunidade, com pessoas do bairro e para os moradores do Esmeralda. Sem sombra de dúvidas, algo, no mínimo, fantástico”, afirmou.

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