PG implanta uso do cordão de girassol para identificação de pessoas com deficiência oculta

A Prefeitura de Praia Grande está implantando o uso do cordão com  desenhos de girassóis no Município para auxiliar na orientação e identificação das pessoas com deficiências ocultas. A decisão atende a  lei nº 2089/22 que determina que os estabelecimentos públicos e privados devem orientar seus funcionários quanto ao uso do colar de  girassol. O objetivo é proporcionar um atendimento mais adequado e com  maior conforto a esse público.

As deficiências ocultas são aquelas que não são identificadas de  maneira imediata, pois não são fisicamente evidentes. É o caso, por exemplo, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), deficiências cognitivas, fobias extremas, Doença de Crohn, colite ulcerosa, entre outras.

A prefeita Raquel Chini fez a entrega simbólica para alguns pacientes  e familiares nesta terça-feira (18). “Para mim é uma alegria muito grande oferecer esse colar de girassol que pode parecer algo simples, mas que vai proporcionar um atendimento mais humanizado a esses pacientes. Acolhimento é tudo e estamos empenhados em acolher cada vez  melhor os munícipes e também em dar um melhor atendimento às pessoas  com deficiência e com Transtorno do Espectro Autista”, afirmou.

Com o cordão de girassol, a pessoa poderá ser facilmente identificada,  garantindo um atendimento mais adequado e menos estressante possível. No entanto, o uso de colar de girassol não condiciona o acesso desse  público a direitos assegurados à pessoa com deficiência. Ou seja, o item não dispensa a apresentação de documento que comprove a  deficiência, caso seja solicitado pelo atendente ou pela autoridade competente.

O colar de girassol é composto por uma faixa estreita de tecido verde, com estampa com desenhos de girassóis. Seu uso é opcional aos indivíduos que possuam deficiências ocultas, bem como a seus  acompanhantes e atendentes pessoais.

Para Viviane Dolice da Silva Carvalho, 45 anos, o cordão vai ajudar  muito no dia a dia dela e do filho Arthur, de 4 anos, que teve algumas complicações ao nascer, ficando na UTI por dois meses, e também é diagnosticado com TEA. “Para mim vai ser importante porque ele não tem  uma comunicação perfeita. Eu comentei esses dias com uma amiga que queria o cordão porque tenho dificuldade de subir no ônibus e sair da roleta. Eu preciso de ajuda, mas nem sempre ocorre, porque nem todos percebem que meu filho não entende. Então, o cordão vai me auxiliar para isso”, disse.

Orientação – Os cordões de girassol serão disponibilizados pelas  unidades de saúde do Município. Além disso, os profissionais da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande receberão  orientações a respeito do tema durante as capacitações do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS). Também serão feitas campanhas na  Prefeitura, no transporte público e nas redes sociais orientando a  população e os servidores quando a importância da causa.

“Com essa medida, a gente pretende modificar a cultura de muitas  pessoas, conscientizar não só os órgãos públicos como também a sociedade para respeitar mais as pessoas e dar uma atenção maior a  quem mais precisa. Temos profissionais qualificados, ótima estrutura, mas precisamos acolher mais a população”, declarou o secretário de  Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira.