PRAIA GRANDE

Apartamento não tinha rede de proteção, diz delegado sobre caso da menina que caiu do 12º andar

Além disso, Natália acrescenta que alguns condomínios proíbem a colocação de redes ou grades de proteção por alegarem que modifica a fachada do prédio, mas que jamais poderia haver proibição à instalação de um item de segurança

Da Reportagem

Publicado em 13/06/2022 às 10:30

Atualizado em 13/06/2022 às 10:54

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Menina de 6 anos morre ao cair da sacada de apartamento pedindo ajuda em PG / Reprodução/Redes Sociais

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O apartamento em que Rafaella Lozzardo Silva, de 6 anos, estava sozinha quando caiu 12º andar e morreu, na madrugada deste sábado (11), no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, não tinha rede de proteção, afirmou o delegado do caso Alexandre Comin. Especialistas explicam a importância e eficácia do item que poderia ter evitado a tragédia.

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Segundo a advogada e professora de pós-graduação, Natália Bezan Xavier Lopes, não há obrigatoriedade legal na colocação de redes de proteção. Sendo essa uma escolha do morador. Ela conta que, em geral, é recomendado que seja colocado a partir do 2° ou 3º andar, onde em caso de queda de crianças ou animais domésticos o risco de ser fatal é maior.

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A advogada explica também, que existem edifícios com andares só para estacionamento e área de lazer. Portanto, os imóveis, nestes casos, começam já em pavimentos mais altos.

Além disso, Natália acrescenta que alguns condomínios proíbem a colocação de redes ou grades de proteção por alegarem que modifica a fachada do prédio, mas que jamais poderia haver proibição à instalação de um item de segurança.

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Ela enfatiza que seria importante a proteção se tornar uma obrigatoriedade legal em apartamentos com crianças e animais domésticos. E destaca que, apesar de já existirem mecanismos para responsabilizar penal e civilmente os pais ou responsáveis em casos de acidentes, uma lei que possa tornar obrigatória a colocação de redes ou grades ‘auxiliaria a evitar acidentes’.

Eficácia das redes de proteção

De acordo com o empresário Clayton Muniz Costa, de 44 anos, que instala o item de segurança em casa e apartamentos, as redes de proteção, se instaladas de forma correta, possuem uma resistência de 520 quilos. O item é feito de polietileno trançado impermeável.

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Costa explica que para danificar o material é preciso usar elementos cortantes ou fogo. Ele inclusive cita que o cigarro costuma ser o maior vilão.

O empresário diz que também é necessário ficar atento ao tempo de uso, e que após cinco anos é preciso trocar o material. Ele ressalta que não existem empecilhos para a instalação, sequer o envidraçamento de varandas.

Ele acrescenta ainda que, além de crianças, as redes de proteção são de extrema importância para idosos, animais domésticos e pessoas com deficiências.

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Entenda 

Uma menina de 6 anos morreu após cair da sacada do 12º andar do prédio onde morava no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, na madrugada desse sábado (11). Segundo informações confirmadas pela Reportagem, o pai da criança havia se ausentado para levar a namorada em casa quando a criança acordou, percebeu estar sozinha e caminhou até a sacada para pedir ajuda. Foi quando ela se desequilibrou e caiu, morrendo no local.

A Polícia Militar recebeu um chamado para realizar um atendimento sobre queda de criança de um edifício por volta das 4h da madrugada. 

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Segundo informações da Polícia Civil o pai da menina havia deixado ela dormindo no apartamento e foi levar a sua namorada em casa, de carro. A criança, então, acordou nesse intervalo e, ao perceber estar sozinha, ficou assustada e foi até a sacada do imóvel gritar por socorro. Foi quando ela acabou caindo e morrendo no local por múltiplos traumatismos.

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