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Política

“Vou trabalhar com plano de metas de seis meses, olhando resultados”

Prefeito reeleito de Mongaguá esteve na redação do DL para falar sobre os seus projetos para mais quatro anos de mandato.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/11/2012 às 09:27

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DL – Uma das principais críticas feitas a um prefeito, quando se reelege, é o risco de diminuir o ritmo das realizações. Fala-se muito em comodismo em um segundo mandato. O senhor tem essa preocupação: depois de quatro anos não se acomodar?

Wiazowski – Veja, em dezembro de 2011 eu tinha 68% de rejeição de governo, as pesquisas de fevereiro de 2012 eu estava em terceiro, o primeiro colocado era o  Professor Artur (Parada Prócida) com mais de 40%, o Dr. Pedro com mais de 20% e eu com 6%. Eu estava na UTI, fui para o quarto e tive alta. E no momento que tive alta fui às ruas poder explicar à população o que foi o meu governo para que ela pudesse comparar, avaliar e refletir e que as realizações passaram por um processo de início, meio e fim. Eu assumi a Prefeitura, aparelhei a máquina, capacitei o funcionário e fui buscar os recursos necessários. E isso acarreta um tempo. E de março de 2012 em diante, inaugurei praticamente duas obras por semana. Isso começou a ter um sentimento muito grande. Essa minha reeleição me deu a motivação suficiente e o amadurecimento do quanto é importante o trabalho contínuo de realizações dos quatro anos, de transparência, de prestações de contas, de ter uma comunicação mais próxima, de ter um contato, o eleitor quer carinho, quer satisfação. Acho que é com os erros que você aprende. Eu nunca tinha sido prefeito. Tenho todo direito do mundo de errar. Só erra quem trabalha. Tento a cada dia errar menos. Tive, nos meus três anos, pessoas em quem confiei e que não tiveram o mesmo comprometimento ou que não tiveram a mesma visão gerencial e administrativa que a Cidade merecia dentro de suas pastas para que pudesse dar o resultado satisfatório suficiente. Houve algumas mudanças de pessoas, mas a grande mudança foi comportamental da minha parte porque sempre falei que a rejeição que se tinha era no governo e não na pessoa do prefeito. 
 
DL – Qual o percentual de mudança de sua equipe para o novo mandato?
 
Wiazowski – Vai haver uma re-acomodação. Vamos reaproveitar quase 70% da equipe porque quando um prefeito é reeleito em um estágio de uma avaliação muito mal e se reelege é porque já partiu de mudanças que ocorreram. As mudanças já vêm sendo feitas para atingir a satisfação necessária que nos deu a reeleição. Os 30% serão mudados em função de compromissos, de governabilidade, de pontuar algo que acreditamos que precisa ser alterado. E, ao mesmo tempo, os 70% que continuam conosco nesse processo também terão um prazo de validade. Vou trabalhar agora com plano de metas de seis meses, olhando resultados. Se até 30 de junho de 2013 as oportunidades que foram dadas a uma pessoa ela não souber colher resultados, não vai permanecer no governo. Ninguém tem cadeira garantida. A garantia da cadeira é o resultado, a capacitação, a criatividade, o talento, o comprometimento, o projeto político que nós temos para Mongaguá.
 
Segundo Wiazowski, 70% da equipe atual será reaproveitada para o próximo mandato (Foto: Matheus Tagé/DL)
 
DL - Qual será a tônica do segundo mandato? Qual deve ser a marca do segundo mandato?
 
Wiazowski – O investimento em infraestrutura urbana. Nós temos que investir muito na drenagem, na pavimentação, na iluminação pública, principalmente nos bairros mais periféricos. Levar qualidade de vida aos bairros mais distantes para que as famílias possam ter a dignidade e o respeito que merecem em termos de investimento do poder público.
 
DL - Qual deve ser a região que receberá os primeiros serviços?
 
Wiazowski – Vila Atlântica e Vera Cruz. São bairros que cresceram de maneira desordenada e temos a aproximação dos finais de rua com o rio. Temos o rio de um lado, o mar de outro e a rodovia que acaba fracionando Mongaguá. A questão da drenagem e da topografia faz com que a água bata na rodovia e não tenha a fluência necessária e volta a represar. Então temos que pensar nas famílias que moram em áreas de risco e nas famílias que sofrem alagamento de suas casas, que é uma questão crônica.
 
DL - O senhor vai fazer a remoção dessas famílias?
 
Wiazowski – Temos um PAC assinado com o Governo Federal e apresentamos todos os projetos. Agora estamos aguardando a assinatura para ver se conseguimos aditar esse contrato para receber esse recurso que, no período eleitoral, estava suspenso para fazermos as obras necessárias e a remoção dessas famílias. Primeiro, precisamos fazer o conjunto e mostrar para elas: vocês vão sair daqui e vão para lá.
 
DL - Que áreas o senhor pretende apresentar mais projetos para obter recursos dos governos estadual e federal?
 
Wiazowski – Segurança, Saúde e Mobilidade. São temas que precisamos de políticas públicas. Tem outro projeto importante para nós que é a revitalização da Avenida Mário Covas Júnior que, ao ser reestruturada, aumenta a cadeia de geração de emprego e renda porque mexe com a economia da Cidade, toda questão imobiliária, gastronômica. O turista vai para a praia, então quer uma avenida da praia prazerosa, bonita, iluminada, com ciclovia, quiosque com sanitários. Tenho todo um problema na nossa orla que é a quantidade de quiosque sem sanitário, um trecho sem ciclovia, mal iluminado. 
 
DL - Na área da Segurança, o senhor pretende implantar câmeras de monitoramento?
 
Wiazowski – Hoje não temos nenhuma câmera. A ideia é implantar câmeras nas principais avenidas, na orla da praia, para que todos possam praticar atividades de lazer com segurança. Quero uma orla da praia “viva”, prazerosa. Também pretendo instalar câmeras nos locais de grande concentração de comércio e de rede bancária. Ao mesmo tempo, tem o Pronasci, um grande projeto do Governo Federal, onde as prefeituras podem trazer sistemas de monitoramento, dá condições de aumentar o efetivo da Guarda Municipal, aumentar a quantidade de viaturas. A Guarda Municipal pode trabalhar de maneira muito articulada, criar um convênio com o Estado na operação delegada e trazer o policial militar também, que ao invés de fazer o “bico” remunerado fora, venha fazer o “bico” remunerado na operação delegada no Município.  
 
DL – Para a próxima temporada, o senhor projeta um aumento de 20% no número de turistas. Como o Município está se preparando para receber bem os visitantes?
 
Wiazowski – Todo o final do ano a Cidade acaba preparando um mecanismo necessário para receber esse aporte maior de fluxo de pessoas, tanto na contratação de mais médicos, como também o pessoal que vem da Operação Verão, contratamos shows, que já estão sendo até contratados. Vamos ter uma grade maravilhosa de shows. Deveremos ter de 200 mil a 220 mil pessoas em Mongaguá na virada do ano, é quatro vezes o número da população do Município.
 
DL – O senhor tem preocupação com o abastecimento de água?
Wiazowski – Nesse período as grandes preocupações passam a ser a Segurança e a Balneabilidade, além da possível falta de água. Todo ano a Sabesp fala que não vai ter falta de água e eu contesto isso ou o racionamento. Será um assunto que os prefeitos da Baixada Santista vão tratar no próximo encontro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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