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Política

Vizinhos do Iêmen ameaçam agir se não houver intervenção internacional

Os ministros do Exterior do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo não detalharam quais "medidas necessárias" tomariam

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/02/2015 às 18:09

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Os vizinhos do Iêmen no Golfo Pérsico alertaram neste domingo que se o mundo falhar em agir contra os rebeldes houthis que derrubaram o governo do país, as seis nações que compõem o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (CCG) tomarão as medidas necessárias para manter a segurança e a estabilidade regional.

Os ministros do Exterior do CCG não detalharam quais "medidas necessárias" tomariam, mas pediram especificamente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que intervenha. Os rebeldes controlam a capital iemenita, Sanaa, e recentemente forçaram a renúncia do presidente e a dissolução do parlamento.

Os ministros disseram que se o Conselho de Segurança falhar em adotar uma resolução que permita o uso de força militar frente "a tomada de poder ilegal dos houthis", então os países da CCG - Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Bahrein, Omã e Emirados Árabes - podem intervir por conta própria.

"Caso fracasse a tentativa de chegar a um acordo... os membros do GCC tomarão medidas que permitam manter seus interesses vitais na segurança e estabilidade do Iêmen", disseram os ministros em um comunicado, após uma reunião de emergência realizada para discutir a deterioração da situação de segurança naquele país.

Eles também pediram a implementação de uma resolução da ONU que impõe sanções contra qualquer um que "dificulte o processo pacífico de transição de poder" e solicitaram uma ação urgente para garantir a segurança do presidente do Iêmen,

Abed Rabbo Mansour Hadi, que renunciou mês passado depois que os houthis o colocaram em prisão domiciliar.

No mês passado, os ministros do CCG se encontraram em uma reunião de emergência em Riyadh e condenaram a tomada de poder dos houthi, considerando-a uma "ação terrorista" e um "golpe contra a legitimidade". O conselho exigiu que os rebeldes se retirassem do palácio presidencial, temendo que a ofensiva houthi poderia dividir o Iêmen, reforçar a liderança iraniana xiita na região e ameaçar a estabilidade da Península Arábica.

Autoridades do Iêmen dizem que a Arábia Saudita estaria enviando armas e recursos para membros de uma tribo na província de Marib no Iêmen, para fortalecê-los contra os rebeldes. A Arábia Saudita, que divide suas fronteiras ao Sul com o Iêmen, não confirmou as alegações.

O Egito montou uma força especial de implantação rápida que poderia intervir se os houthis ameaçarem rotas de navegação no estratégico Mar Vermelho, de acordo com autoridades de segurança egípcias. Os egípcios e os sauditas coordenam uma resposta militar conjunta para lidar com qualquer eventualidade no Iêmen, incluindo a interrupção do transporte através do corredor entre o Iêmen e o Canal de Suez, disseram as autoridades.

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