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Política

Tenho apoiadores no Brasil todo, diz Bolsonaro em Goiás sobre partidos o isolarem

Assim como Lula (PT), que aparece nas pesquisas como o seu principal adversário, Bolsonaro continua sem força política para formalizar alianças

Folhapress

Publicado em 19/07/2018 às 16:03

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A declaração do deputado mostra que a composição da candidatura ainda segue bastante incerta para a corrida presidencial / Agência Brasil

Mesmo com dificuldades em conseguir um vice e fechar alianças políticas para a sua candidatura à Presidência da República, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) rebateu, nesta quinta-feira (19), em Goiânia, as críticas de que estaria isolado.

"Apoiadores tenho no Brasil todo. Simpatizantes. Alguns até me amam", disse.

Assim como Lula (PT), que aparece nas pesquisas como o seu principal adversário, Bolsonaro continua sem força política para formalizar alianças. Como as convenções partidárias começam nesta sexta-feira (20), ele corre para conseguir um vice e afirmou que ainda não está descartado o nome do general reformado Augusto Heleno. As convenções reunirão filiados para oficializar candidaturas até 5 de agosto.

"Atualmente não está descartado o general heleno, como não estava o de Magno Malta (PR), mas ele decidiu não vir. Acho que a gente fecha com o general Heleno de hoje para amanhã", afirmou Bolsonaro, em entrevista à imprensa, no auditório do aeroporto de Goiânia, onde foi lançado o programa PSL Mulher.

A declaração do deputado mostra que a composição da candidatura ainda segue bastante incerta para a corrida presidencial. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (18), o general Heleno afirmou que não será vice de Bolsonaro.

O deputado disse que tem conversado com parlamentares. O esforço é para alavancar a sua candidatura.

"Logicamente tem certas pessoas que eu não quero na minha trincheira. Não estou afastando a possibilidade de conversar com os partidos, mas os termos da negociação é que têm que ser abertos".

Assim que chegou ao aeroporto de Goiânia, o pré-candidato subiu em um carro de som, estacionado em frente a saída de passageiros, e debochou os possíveis adversários em seu discurso. "Eu não quero apoio para 2018, não. Eu quero apoio para 2022, porque 2018 já era", afirmou, enquanto os simpatizantes gritavam "mito".

O deputado tem hoje cerca de oito segundos de tempo para propaganda de rádio e TV. "Não estou preocupado. Em não tendo tempo de televisão, e tudo indica que eu não terei, a não ser oito segundos, não sei porque a esquerda ou o centrão estão preocupados comigo", afirmou.

Bolsonaro também disse que pretende participar dos debates com os candidatos nos veículos de comunicação. "Em nenhum momento falei que não iria participar [dos debates]. Eu havia falado no passado que iria estudar a possibilidade, depois eu falei que participaria, sim, sem problema. Não vou deixar alguns ocuparem os microfones, falar para o Brasil todo, pelos cotovelos, sem eu estar presente", afirmou.

O pré-candidato acredita que tem um eleitorado fiel. "O que diz que vai votar em mim dificilmente muda o seu voto. Tenho uma vida que não é de agora. Não apareci do nada e falei 'minhas bandeiras são essas'. Minhas bandeiras são discutidas há muito tempo dentro da Câmara e, muitas vezes, com caneladas, porque tenho posição, discuto qualquer assunto", disse.

Ao ser questionado sobre as polêmicas que tem gerado contra minorias, Bolsonaro desconversou. "Por que eu sou racista? Por que eu sou contra cotas? Meu sogro é o Paulo Negão. Não se discute mais nada. Homossexual? Você sabe se eu sou gay? Estou te perguntando. Você ficou um jornalista padrão. Eu também não sei se você é. Então a vida particular nossa não interessa para ninguém", afirmou, para continuar: "Quero que alguém me aponte um áudio meu, mostre um vídeo, eu criticando as mulheres".

Cercado de filiados do partido, o pré-candidato criticou a politização do Judiciário ao defender que o juiz Sergio Moro se torne um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). "O que precisamos no Supremo é de gente do perfil do Sérgio Moro. Isenção. Porque temos lá um perfil muito politizado", disse.

Bolsonaro afirmou que há medo em relação ao  próximo presidente do STF, o ministro Dias Toffoli, que vai assumir o posto em setembro. Toffoli foi indicado por Lula. "Todo mundo está temendo agora o novo presidente que vai assumir em setembro. Qual vai ser o comportamento dele no tocante ao ladrão-mor do PT, que está preso inclusive? Se ele vai provocar uma nova interpretação da perda da liberdade em segunda instância. Se botar para fora o Lula, nessas condições, está estimulando a bandidagem no Brasil".

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