X

Política

Temer diz que pediu auxílio a Odebrecht, mas nega ilegalidade

O presidente disse que a empreiteira fez uma doação à época, mas ressaltou que não autorizou que 'nada fosse fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral'

Folhapress

Publicado em 25/02/2017 às 04:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O presidente Michel Temer disse que pediu auxílio a Odebrecht, mas negou ilegalidade / Agência Brasil

Em meio à acusação de José Yunes de que atuou como "mula" do ministro Eliseu Padilha, o presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (24) que pediu "auxílio formal e oficial" à construtora Odebrecht na campanha eleitoral de 2014.

Em nota, o peemedebista disse que a empreiteira fez uma doação à época de R$ 11,3 milhões ao PMDB, mas ressaltou que não autorizou ou solicitou que "nada fosse fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral".

"Tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", disse.

Em delação premiada, o ex-executivo da empreiteira Cláudio Melo Filho disse que o presidente solicitou apoio financeiro ao partido e que pagaria R$ 10 milhões, sendo que R$ 4 milhões ficariam sob responsabilidade de Eliseu Padilha.

O ex-assessor presidencial José Yunes disse à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ter recebido um "pacote" em 2014, em seu escritório político em São Paulo, a pedido do ministro da Casa Civil.

Ele foi entregue, segundo o ex-assessor especial, por Lucio Funaro, apontado como operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O caso deve ser apurado pela Procuradoria-Geral da República e, segundo auxiliares e assessores presidenciais, torna a situação do chefe da Casa Civil "delicadíssima", aumentando a pressão para que ele deixe a pasta.

Padilha, que ainda não se manifestou sobre as revelações de Yunes, tirou licença do governo alegando problemas de saúde. Ele deve fazer ainda no fim de semana uma cirurgia para retirada da próstata.

Para o Palácio do Planalto, a partir de agora o presidente vive uma guerra de versões: ou o ministro da Casa Civil encontra uma boa explicação para se livrar da história, ou Michel Temer não terá muita escolha a não ser tirá-lo da Casa Civil.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Vai atravessar? Mau tempo e maré baixa elevam tempo de espera na balsa

As balsas são gratuitas para ciclistas. Idosos e pessoas com deficiência têm embarque prioritário

Cotidiano

Polícia Militar encontra três corpos em comunidade no Guarujá

Os cadáveres foram encontrados a partir de uma denúncia anônima feita a corporação

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter