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Política

Sistema Cantareira: Alckmin fala em mínima da mínima

Estimativas feitas pela Sabesp apontam que os 182,5 bilhões de litros do chamado "volume morto" do sistema devem acabar entre outubro e novembro

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 08/07/2014 às 00:11

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Ontem, dia 7, o nível do Sistema Cantareira registrou nova queda, de 0,2 ponto porcentual, chegando a 19,2% da capacidade. Estimativas feitas pela concessionária apontam que os 182,5 bilhões de litros do chamado "volume morto" do sistema devem acabar entre outubro e novembro. Indagado sobre o assunto ontem, o governador Geraldo Alckmin destacou que o Estado se preparou para ter a "mínima da mínima histórica".

De acordo com ele, mesmo com esse cenário será possível ultrapassar o período seco até a temporada de chuvas, no fim do ano. Na semana passada, Alckmin já havia explicado que "só chove" em mês que tem a letra "r" na escrita: setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril. O governador ainda falou que outros reservatórios da Região Metropolitana, como Rio Grande, Rio Claro e Guarapiranga, começarão a fornecer água para o Sistema Cantareira.

"Ainda há uma reserva de 218 milhões de metros cúbicos que não pretendemos destacar", disse o governador. Segundo ele, o uso racional de água em São Paulo está fazendo com que o consumo seja de 4 mil litros a menos por segundo. "Somos o único Estado brasileiro que deu o bônus."

Chuva no aplicativo

O governador ainda usou um aplicativo que vem instalado no iPhone para monitorar a possibilidade de chuva. Durante uma coletiva de imprensa, pela manhã, o candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes pediu o aparelho celular de um dos presentes para informar aos jornalistas em quais dias da semana deveria chover no manancial.

Ontem, o Estado revelou que o Cantareira tem apenas 25% de probabilidade de se recuperar após a próxima temporada de chuvas, segundo análise estatística feita pelo comitê anticrise que monitora a seca no manancial. "Há uma expectativa de que possa chover a partir das 18 horas (de ontem).

Geraldo Alckmin destacou que o Estado se preparou para ter a 'mínima da mínima histórica' (Foto: Alexandre Moreira)

Depois, chuva na terça-feira, na quarta-feira e na quinta", informou Alckmin aos jornalistas que o acompanhavam em uma visita técnica no Palácio Campos Elísios. O edifício está sendo restaurado pela Secretaria da Cultura. O governador ainda aproveitou para checar a previsão do tempo nas cidades de Joanópolis, Nazaré Paulista e Mairiporã, onde ficam quatro das represas do Cantareira.

Racionamento

Desde a manhã de ontem, bairros da zona leste de Sorocaba estão recebendo água em horários alternados. O racionamento foi adotado depois que a água captada em duas represas particulares não foi suficiente para elevar o nível do reservatório do Ferraz, que abastece as regiões do Éden e de Aparecidinha, onde vivem pelo menos 60 mil habitantes. Com o volume cedido por particulares, o reservatório chegou a subir 28 centímetros, mas o calor no fim de semana elevou o consumo e fez o nível baixar .

O abastecimento está sendo interrompido das 6 às 18 horas em 16 bairros da região de Aparecidinha e das 18 às 6 horas em dezessete comunidades na área do Éden. Conforme o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), a medida é necessária para evitar que a falta de água se torne generalizada na região.

O rodízio será suspenso assim que as condições hídricas melhorarem. No restante da cidade, abastecido pela Represa de Itupararanga, o fornecimento de água segue normal.

A estiagem prolongada, com chuvas abaixo do normal desde janeiro, já comprometeu o abastecimento em outras nove cidades das regiões de Sorocaba e Campinas. Em Itu, desde o fim de junho, a cidade toda está sendo abastecida em dias alternados. A represa do Itaim, principal reservatório da cidade, atingiu o nível histórico mais baixo, com 4% da capacidade.

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