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Política

Saud diz que 'quer falar e muito', mas fica em silêncio na CPMI da JBS

O diretor da JBS disse que usaria seu direito de se manter em silêncio já que seu acordo está suspenso

Folhapress

Publicado em 31/10/2017 às 18:30

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O executivo e delator Ricardo Saud, da JBS, se manteve calado durante depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), nesta terça-feira (31).

Preso na Papuda (DF) desde o início de setembro, suspeito de ter mentido e omitido informações na colaboração premiada, o diretor da empresa disse que usaria seu direito de se manter em silêncio já que seu acordo está suspenso.

"Eu queria, não frustrando vossas excelências, lembrar que meu acordo está acautelado [na Justiça], e vou permanecer calado segundo meu direito constitucional", afirmou Saud.

Os acordos de delação do executivo e de Joesley Batista, dono da JBS, foram suspensos após vir à tona uma gravação que levantou a suspeita de atuação do ex-procurador Marcello Miller no processo de colaboração.

Os parlamentares chegaram a sugerir que ele falasse reservadamente, com sessão fechada aos jornalistas. O executivo recusou da mesma forma, mas disse querer "falar e muito" caso seu acordo seja restabelecido.

"Eu não me escondo atrás de nada. Quando for falar, quero a imprensa esteja também. Quando minhas premissas forem restabelecidas [do acordo de delação premiada], eu quero falar e muito".

Mesmo após Saud afirmar que não falaria, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPI, um dos mais próximos do presidente Michel Temer, quis fazer as perguntas que havia programado.

O alvo principal dos questionamentos foi o ministro Edson Fachin, relator da delação da JBS no STF (Supremo Tribunal Federal).

As perguntas foram sobre o relacionamento de Saud com o ministro, como por exemplo se houve ajuda do executivo na campanha para Fachin ser nomeado para o Supremo.

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