X

Política

Rosa libera para julgamento ação sobre MP que deu status de ministro a Moreira

Fica a cargo da presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia, pautar a ação

Estadão Conteúdo

Publicado em 20/12/2017 às 16:28

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Moreira Franco é um dos aliados mais próximos da presidência de Michel Temer / Fotos Públicas

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta terça-feira, 19, para julgamento no plenário, a ação que questiona Medida Provisória que deu status de ministro a Moreira Franco, um dos aliados mais próximos da presidência de Michel Temer.

Fica a cargo da presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia, pautar a ação. O recesso do STF começou nesta quarta-feira, 20, e a primeira sessão de 2018 está marcada para o dia 1º de fevereiro. Os julgamentos do mês já foram definidos por Cármen na semana passada.

Na última quinta-feira, dia 13, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia enviado ao Supremo parecer no qual sustentava que é inconstitucional a MP 782, criada em fevereiro deste ano, editada em maio e convertida em lei.

O texto cria e dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência da República, ocupado por Moreira Franco (PMDB), e ao Ministério dos Direitos Humanos, chefiado por Luislinda Valois. A ação foi ajuizada no STF por Rodrigo Janot, quando este ainda chefiava a Procuradoria-Geral da República (PGR), e distribuída a Rosa em junho.

Na última manifestação da PGR, Raquel apontou que a MP, editada em maio, é uma reprodução de texto de mesmo teor editado em fevereiro e revogado pela presidência da República. De acordo com a procuradora, houve uma "ofensa à sistemática de processamento" do texto, pois a Constituição impede a reedição de MP que tenha perdido a eficácia numa mesma sessão legislativa

A PGR argumenta que a intenção da Constituição é evitar "reedições abusivas" de medida provisória por parte do presidente da República.

"Embora a MP 782/2017 tenha conteúdo mais abrangente que a MP 768/2017, o texto desta foi reproduzido por aquela, de sorte que é evidente a reedição de seu objeto", escreveu Raquel. Mesmo que a MP 782 tenha sido convertida em lei, segundo a procuradora, isso não afasta os "vícios de inconstitucionalidade" presentes na tramitação do texto.

 

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Criminoso joga jovem no chão em tentativa de roubo em Guarujá; ASSISTA

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento.

Santos

Passagem de ônibus não terá aumento em Santos, anuncia prefeito

O preço, portanto, permanecerá em R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter