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Política

Revelações de Odebrecht ajudam a consolidar impeachment de Dilma, diz Eunício

O empreiteiro afirmou que a presidente afastada teria pedido pessoalmente uma doação de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral em 2014

Estadão Conteúdo

Publicado em 04/06/2016 às 20:00

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Eunício Oliveira disse que as revelações de Marcelo Odebrecht ajudam a consolidar impeachment de Dilma Roussef / Agência Brasil

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou neste sábado, 4, que as declarações do empreiteiro Marcelo Odebrecht sobre a presidente afastada Dilma Rousseff ajudam a "consolidar" o impeachment da petista.

Segundo reportagem da revista IstoÉ, em acordo de confidencialidade com a Operação Lava Jato, Odebrecht afirmou que Dilma teria pedido pessoalmente uma doação de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral em 2014.

Conforme a publicação, o empreiteiro diz que o então tesoureiro da campanha e ex-ministro de Dilma, Edinho Silva, pediu o montante, mas Odebrecht se recusou a pagar. O empresário, então, teria procurado a presidente afastada, que teria afirmado: "É para pagar".

"Isso tudo vai consolidando ainda mais a condição do impeachment", afirmou Eunício, evitando, porém, comentar diretamente a fala de Odebrecht. "Não vou comentar delação de ninguém, porque não me cabe".

Para o líder do PMDB, as revelações de Odebrecht não devem alterar os votos no Senado, pois o destino de Dilma já está "definido". "Acho que vamos ter 59, 60 votos pelo impeachment (mais do que os 54 mínimos necessários)", diz.

Nesse placar do julgamento final, Eunício leva em conta os votos a favor do impeachment dos senadores do PMDB Jader Barbalho (PA) e Eduardo Braga (AM), ex-ministro de Dilma.

Renan

O líder do PMDB não quis comentar delação em que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (PMDB) diz ter repassado R$ 30 milhões desviados da Petrobras ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de quem Eunício é próximo.

Segundo informações do jornal O Globo, confirmadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, Machado disse que também repassou R$ 20 milhões ao ex-presidente José Sarney (PMDB) e outros R$ 20 milhões ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento de Michel Temer.

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