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Política

Presidente Michel Temer é gravado dando aval para compra de silêncio de Eduardo Cunha

Joesley Batista e o seu irmão Wesley, donos da JBS, confirmaram ao ministro Edson Fachin o que falaram a PGR

Da Reportagem

Publicado em 17/05/2017 às 19:50

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Donos da JBS gravaram Michel Temer dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha / Agência Brasil

Joesley Batista e o seu irmão Wesley, donos da JBS, acompanhados de mais cinco pessoas, afirmaram ao ministro do STF Edson Fachin em delação premiada, na  quarta-feira (10), que o presidente Michel Temer foi gravado dando aval para o compra do silêncio de Eduardo Cunha. As informações são do jornal O Globo.

Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Na delação, os irmãos afirmaram também que o senador Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Ao ministro Edson Fachin, Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Na sequência, Joesley revelou que também pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada.

Impeachment

Deputados federais pediram o impeachment do presidente da República, Michel Temer (PMDB), no plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (17) após a revelação de um áudio em que o peemedebista supostamente pede para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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