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Política

PF indicia Abilio Diniz por suspeita de organização criminosa e estelionato

O indiciamento se deu no inquérito decorrente da Operação Trapaça, que foi a terceira fase da Operação Carne Fraca

Folhapress

Publicado em 15/10/2018 às 22:20

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Abilio Diniz e o ex-diretor-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria foram indiciados / Reprodução/Facebook

A Polícia Federal indiciou o empresário Abilio Diniz e o ex-diretor-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria, nesta segunda-feira (15), por suspeita de terem cometido crimes contra a saúde pública, estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa. O indiciamento se deu no inquérito decorrente da Operação Trapaça, que foi a terceira fase da Operação Carne Fraca.

Outras 41 pessoas foram indiciadas, entre elas Francisco Turra, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que nega envolvimento.

O indiciamento é uma conclusão feita pela polícia. Mas cabe ao Ministério Público Federal decidir se oferece denúncia, se solicita à autoridade policial que faça novas diligências ou ainda se arquiva a investigação.

O delegado federal Maurício Moscardi Grillo diz no relatório que, com base na análise de arquivos feita durante a investigação, como trocas de mensagens pelo aplicativo WhatsApp e emails, "concluiu-se a prática das condutas delitivas não se restringia ao círculo das equipes técnica e gerencial das fábricas da BRF".

"Há, de fato, a participação do corpo diretivo da empresa na trama investigada, o qual tinha ciência de seu modus operandi, e que, não somente se omitiu em relação a fazer cessá-lo, mas, também, participou comissivamente dos atos de ocultação das fraudes, norteando sua execução", diz Grillo.

"Destaca-se a participação ativa, em caso envolvendo a detecção de resíduo tóxico em carne de frango pelas autoridades chinesas (Dioxina), de Pedro de Andrade Faria (à época diretor-presidente global do grupo BRF), Abílio dos Santos Diniz (à época Presidente do Conselho da BRF) e José Carlos Reis de Magalhães Neto, sócio da Tarpon Investimentos", prossegue o relatório.

Por meio de nota, a ABPA disse que atua dentro da lei e refuta as menções feitas pela Polícia Federal à sua atuação. "Como representação setorial, é dever da ABPA defender os interesses do setor produtivo dentro dos limites legais, como tem realizado desde a sua fundação e que nunca foi questionado". A entidade afirma também que está à disposição das autoridades para esclarecimentos.

Procurados pela reportagem, os demais citados não responderam até o fim da tarde desta segunda.

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