Política

Petrobras pode ser privatizada no futuro, diz Alckmin

O tucano, pré-candidato à Presidência da República, disse ser 'totalmente favorável' a privatizações

Folhapress

Publicado em 08/02/2018 às 04:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Alckmin declarou ser contrário à venda de bancos estatais / Divulgação/Fotos Públicas

Continua depois da publicidade

O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (7) que muitos setores da Petrobras deveriam ser privatizados e que toda a empresa pode ser vendida no futuro.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O tucano, pré-candidato à Presidência da República, disse ser "totalmente favorável" a privatizações e defendeu, no caso da empresa de petróleo, a transferência à iniciativa privada das atividades que não constituem seu núcleo central -como as operações de distribuição.

Continua depois da publicidade

"Muitos setores da Petrobras devem ser privatizados. Inúmeras áreas que não são o 'core', o centro objetivo da empresa, tudo isso pode ser privatizado. Se tivermos um bom marco regulatório, até pode, no futuro, privatizar tudo", afirmou, em evento com dirigentes da construção civil, em Brasília.

Alckmin declarou ser contrário à venda de bancos estatais -em especial o Banco do Brasil. Segundo ele, porém, é possível passar parte de suas subsidiárias ao setor privado "para ter mais agilidade".

Continua depois da publicidade

"Não pretendo privatizar o Banco do Brasil, [...] mas pode ter subsidiária com controle privado. Até porque é importante ter um ou dois bancos públicos, para não depender exclusivamente de bancos privados", disse, indicando intenção de manter também a Caixa Econômica Federal sob controle estatal.
Alckmin acrescentou que sua prioridade no setor é "desregulamentar mais e permitir disputa entre os bancos" na área de crédito.

O discurso enfático do tucano a favor das privatizações ainda no período de pré-campanha, com delimitações sobre a preservação de empresas específicas, é parte de uma estratégia para tentar superar o que considera um tabu no debate sobre as privatizações, que provocou dificuldades a candidatos do PSDB nas disputas presidenciais de 2002 a 2014.

"O que houve na campanha de 2006 é que o meu adversário, o Lula, mentia para a população. Porque ele dizia que eu ia privatizar o Banco do Brasil, e eu nunca disse que ia privatizar o Banco do Brasil. E nem pretendo hoje", disse o governador paulista.

Continua depois da publicidade

Alckmin quer adotar uma posição mais clara sobre o tema para evitar ataques de adversários ao longo da campanha.

Segundo o tucano, é preciso verificar quais empresas estatais podem ser privatizadas, "uma a uma". Ele citou como exemplos a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), responsável pelo projeto do trem-bala, e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que gere emissoras de rádio e TV do governo federal.
"Eu sou totalmente favorável [às privatizações]. Não tem que ter estado empresário. O governo tem que ter papel planejador e regulador", disse, em encontro com dirigentes da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software