O patrimônio de Cristina Kirchner cresceu 20% em seu último ano no poder / Associated Press
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O patrimônio da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner aumentou 20% no último ano, segundo declaração apresentada ao Departamento Anticorrupção do país.
A ex-mandatária tem 77 milhões de pesos (cerca de R$ 20 milhões) em bens. São 12 apartamentos, cinco casas e cinco lotes de terrenos, entre outros ativos, publicou o jornal "La Nación". Em todos os imóveis, ela afirma ter uma participação de 50%.
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Do total de imóveis, apenas dois foram comprados com recursos próprios, o restante foi herdado de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010. Em espécie, a ex-presidente mantém 120 mil pesos (R$ 30 mil).
Em 2015, Cristina quitou a dívida de 12,6 mil pesos (R$ 3.200) que tinha com a empresa Austral Construções, de Lázaro Baez. O empresário está preso há dois meses sob suspeita de lavagem de dinheiro.
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A ex-presidente também é investigada em um caso que envolve Baez. Há suspeitas de que imóveis de Cristina tenham sido alugados pelo empresário como forma de pagamento de propina.
A declaração de bens de Máximo Kirchner, filho do casal de ex-presidentes, também foi divulgada nesta sexta (3). O documento mostra que a riqueza do atual deputado federal cresceu 17% em 2015. O patrimônio de Máximo passou dos 36 milhões de pesos declarados no fim de 2014 para 42 milhões de pesos (R$ 10,7 milhões) no fim do ano passado.
Na semana passada, a divulgação de um incremento de 108% no patrimônio do atual presidente, Mauricio Macri, causou polêmica na Argentina. O chefe de Estado afirmou possuir 110,3 milhões de pesos (R$ 28 milhões) em 31 de dezembro de 2015. Um ano antes, eram 53 milhões de pesos.
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A diferença ocorreu porque as declarações foram feitas em sistemas diferentes, justificou o mandatário na documentação. Em 2014, Macri atribuiu a ações de sociedades anônimas o valor de um centavo de peso. Em 2015, porém, informou que ela valiam 47,1 milhões de pesos (R$ 12 milhões).
O contador Javier Gorosito, do escritório de advocacia Lisicki, Litvin & Asociados, afirma que ambos os modos de declarar são legais, já que, na Argentina, não se paga impostos sobre ações.