X

Política

Para sua defesa, Vaccari chama relator da CPI da Petrobras e líder do PT

Os nomes dos políticos foram indicados na defesa que Vaccari apresentou à Justiça Federal no Paraná, nos autos do processo em que é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Publicado em 08/05/2015 às 15:27

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, arrolou como testemunhas de defesa o líder do partido na Câmara, Sibá Machado (PT/AC), o ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT/RJ).

Os nomes dos políticos foram indicados na defesa que Vaccari apresentou à Justiça Federal no Paraná, nos autos do processo em que é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa apontou oito testemunhas, entre as quais os três políticos.

A estratégia, porém, esbarrou em uma exigência do juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato. Ele mandou intimar a defesa de Vaccari para que esclareça, em cinco dias, "se as testemunhas de fato teriam algum conhecimento sobre os fatos delitivos ou se poderiam contribuir de forma relevante para o esclarecimento da verdade".

A defesa de Vaccari apontou oito testemunhas, entre as quais os três políticos (Foto: Agência Brasil)

Moro quer saber os motivos de a defesa arrolar os dois deputados e o ex-ministro da Justiça. "A oitiva de agentes públicos como deputados e governadores é sempre demorada e difícil. Além disso tais agentes públicos servem a comunidade e não se afigura correto dispender o seu tempo, além do desse Juízo, ouvindo-os sem que haja real necessidade."

Para Moro "há a possibilidade de que tais testemunhas tenham sido arroladas apenas com propósitos meramente abonatórios, o que não seria justificável pois testemunha é quem sabe fatos relevantes para o julgamento, ou seja, deve ter conhecimento sobre fatos que são objeto da imputação".

O juiz da Lava Jato adverte que "deve-se prevenir a eventual utilização do processo judicial como forma de gerar constrangimento desnecessário a agentes públicos, o que é sempre uma possibilidade, especialmente em casos rumorosos".

"Não se trata aqui de exigir que a defesa adiante sua tese, mas pelo menos, a fim de não comprometer o tempo útil deste Juízo e das referidas autoridades públicas, que pelo menos esclareça se elas têm ou não conhecimento relevantes sobre os fatos que constituem o objeto da imputação", assinala o juiz Sérgio Moro.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Nacional

A importância da inclusão e acessibilidades de pessoas com deficiência no trabalho

Ingrid Raunaimer é advogada trabalhista e destaca o papel social das empresas, desde o recrutamento inclusivo até as políticas internas de combate ao preconceito

Economia

Com mercado imobiliário aquecido, Centro de Santos está na mira de investidores

Secretário de Urbanismo explica as medidas que foram tomadas para que investidores voltassem a enxergar o potencial da região central

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter