Política

País não pode substituir políticos por funcionários públicos, diz Gilmar

O magistrado, que preside do Tribunal Superior Eleitoral, defendeu a importância da classe política durante evento

Folhapress

Publicado em 05/12/2017 às 20:01

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Gilmar Mendes que o país precisa de profissionais da política e não de 'funcionários públicos' / Agência Brasil

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O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta terça-feira (5) que o país precisa de profissionais da política e não de "funcionários públicos, ainda que graduados como juízes ou promotores".

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O magistrado, que preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), defendeu a importância da classe política durante evento sobre eleições na corte.

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"Precisamos, inclusive, dos profissionais da política, dessas pessoas que se dedicam integralmente à atividade política e que têm todo um aprendizado especial. Não podemos pensar em substituir os políticos por funcionários públicos, ainda que graduados como juízes ou promotores", afirmou.

Ele destacou que o cidadão não deve considerar todos os políticos corruptos e, com isso, desacreditar no sistema.

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"Temos que ter a política limpa, ativa, mas não podemos fazer isso de lenda política ou tentar fazer com que todos os políticos sejam considerados elementos negativos da sociedade ou corruptos", completou.

Gilmar disse ainda que o tribunal se preocupa com o financiamento das campanhas eleitorais em 2018.

"Tenho falado da possível presença do crime organizado nas eleições. Já tivemos esse sinal em 2016", disse o ministro, acrescentando que os recursos do fundo partidário podem amenizar o problema da falta de dinheiro para as campanhas, mas que talvez não seja o suficiente para evitar o financiamento clandestino.

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Em 2015, o STF decidiu que é inconstitucional o financiamento de empresas para campanhas eleitorais e partidos. A decisão tem potencial impacto nas disputas eleitorais, uma vez que as empresas são os maiores doadores de políticos e partidos.

De acordo com o ministro, foi um "grave erro" do STF discutir o financiamento de campanha de maneira "descolada da realidade eleitoral".

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