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Política

Não sou procurador nem policial para comentar assédio na Caixa, diz Lula

Os pré-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) fizeram fortes críticas nesta quarta-feira (29) ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães

Folhapress

Publicado em 29/06/2022 às 18:52

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Ex-Presidente Lula / Guilherme Gandolfi/Facebook//Lula

O ex-presidente Lula (PT) disse nesta quarta-feira (29) não ser nem procurador nem policial para comentar o caso de Pedro Guimarães, presidente Caixa alvo de acusações de assédio sexual relatadas por funcionárias da instituição.

"Vocês nem perguntaram do presidente da Caixa Econômica que está sendo acusado por assédio. Mas também eu não sou procurador e não sou policial", disse o ex-presidente em entrevista à rádio Educadora de Piracicaba.

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Os pré-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) fizeram fortes críticas nesta quarta-feira (29) ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual por funcionárias do banco público.

Ciro e Tebet participaram, na manhã desta quarta, de evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em Brasília com candidatos à Presidência da República.

Durante sua participação, o pedetista foi informado sobre a potencial troca no comando da Caixa. "A autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente mulheres é um bandido, tinha que ser demitido e responder pela cadeia", afirmou.

Tebet, que dava entrevista durante a apresentação de Ciro, disse que, em seu governo, Guimarães teria "demissão sumária garantindo ampla defesa porque sou advogada". Ela afirmou que o episódio era inadmissível.

A senadora afirmou que a CPI da Covid, finalizada no ano passado, mostrou "a violência política que a mulher sofre".

"As mulheres normalmente no ambiente de trabalho têm que sofrer caladas porque sabem que receberão um aviso prévio e serão demitidas se não aceitarem esse assédio", disse. "Não vão aceitar, não podem aceitar, e qualquer dirigente, ainda mais numa Caixa Econômica Federal [...], o presidente de uma estatal. Tem que ser sumariamente demitido".

Ela afirmou que a bancada feminina ficará atenta para que o presidente da Caixa "possa sofrer as penalidades exigidas pela lei se comprovados os fatos."

Tebet disse que o "o mínimo que se exige de respeito a uma mulher num mercado de trabalho na iniciativa privada é que a respeitem na sua condição de ser". A pré-candidata disse ainda ter sido vítima de assédio sexual no ambiente de trabalho.

"Eu já sofri violência política desde quando comecei, quando da primeira vez, não conseguia reagir, era muito nova, fui chorar no banheiro. E da terceira vez em diante eu respondi à altura".

Nesta quarta, o presidente da Caixa ignorou as denúncias e levou a esposa para um evento fechado sobre o Plano Safra.

As denúncias de assédio contra o presidente do banco foram reveladas nesta terça-feira (28) pelo portal Metrópoles, que relata a existência de uma investigação no Ministério Público Federal.

Depois que o caso veio à tona, a Caixa cancelou a coletiva de imprensa que estava marcada para esta quarta sobre o Ano Safra 2022/23, com a presença do presidente.

Uma funcionária do banco disse ao jornal Folha de S.Paulo que os assédios do presidente da Caixa aconteciam diante de todos, dentro e fora da instituição.

A mulher, que pediu para ter o nome preservado por receio de retaliação, afirma que ficou em choque depois que Guimarães a puxou pelo pescoço e disse que "estava com muita vontade" dela.
"Depois, em outro momento, ele já passou a mão pela minha cintura e foi abaixando, mas saí antes que piorasse", afirmou em depoimento à reportagem.

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