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O ex-deputado federal e ex-vereador Marcelo Gato morreu na manhã desta segunda-feira, na Capital. Ele tinha 71 anos. Em homenagem a ele, não haverá hoje a sessão da Câmara de Santos. O corpo deve ser cremado em Santos, segundo o relato de amigos.
Gatto nasceu em Sertãozinho, interior de São Paulo, em 16 de janeiro de 1941. Foi em Sertãozinho que ele fez o grupo escolar e o ginásio. Depois, se mudou para Ribeirão Preto.
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Em 1972, ele foi eleito deputado federal. "Quero dizer, eu não me elegi, eu, Marcelo Gato. Foi o movimento que me elegeu", comentou ele, sobre a vitória nas urnas, que lhe rendeu 101 mil votos. Ele estava no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Gato foi cassado em 1976 pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ele fez a seguinte avaliação sobre o episódio: "A cassação foi por natureza política, por perseguição política. O que detonou minha cassação e de outras pessoas, na época, foram as denúncias que fizemos das torturas a presos políticos, das perseguições políticas, do arrocho salarial, enfim, toda aquela caretice da ditadura que atingia principalmente a classe trabalhadora. Então, perdi o mandato de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e de deputado federal".
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A notícia da morte de Gato chocou o sindicalista Uriel Villas Boas. "Estive com ele há cerca de duas semanas. Ele estava bem". Uriel o classificou como uma pessoa "séria e competente nas áreas que atuou" e lembrou sua forte ligação com o então Partido Comunista. Ele trabalhou com Gato no Sindicato dos Metalúrgicos de Santos.