Política

Moro nega pedido de Lula para ouvir testemunhas no exterior

No entanto, o juiz aceitou que a defesa liste outras quatro pessoas que moram no Brasil para depor no lugar das testemunhas excluídas

Folhapress

Publicado em 12/05/2017 às 20:30

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Esse processo acusa o ex-presidente de ter recebido vantagens indevidas da Odebrecht / Agência Brasil

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O juiz Sergio Moro negou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ouvir quatro das 86 testemunhas listadas em uma das ações em que o petista é réu na Lava Jato. As quatro moram no exterior -duas não são brasileiras.

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No entanto, Moro aceitou que a defesa liste outras quatro pessoas que moram no Brasil para depor no lugar das testemunhas excluídas.

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"A ampla defesa, direito fundamental, não significa um direito amplo e irrestrito à produção de qualquer prova, mesmo as impossíveis, as custosas e as protelatórias", disse Moro em sua decisão.

Esse processo acusa o ex-presidente de ter recebido vantagens indevidas da Odebrecht em troca de contratos da empreiteira com a Petrobras -e não é o mesmo que levou o ex-presidente a depor na última quarta (10) em Curitiba, relativo a contratos da OAS.

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As testemunhas que Moro negou ouvir são os embaixadores do Brasil em Lima, Marcos Leal Raposo Lopes, em Paris, Paulo Cesar de Oliveira Campos, e duas pessoas que fizeram auditoria na Petrobras, Nicholas Grabar e Stuart K. Fleischan.

Para a defesa, os embaixadores ocuparam postos relevantes durante o governo Lula e "poderão prestar valiosos esclarecimentos para contrapor as afirmações contidas na denúncia -notadamente no que diz respeito ao caráter lícito, probo e ético da atuação do peticionário [Lula] em relação aos assuntos relativos à Petrobras".

Já sobre os auditores, disseram que "ambos participaram de amplo e minucioso processo de auditoria na Petrobras, por ocasião das emissões de ações em 2010, conhecendo detalhes da operação, bem como da própria companhia".

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No despacho, Moro argumenta que os advogados de Lula não demonstraram "a imprescindibilidade da oitiva dessas testemunhas residentes no exterior, mesmo sendo intimada para tanto, sequer esclarecendo, aliás, o que elas teriam a relatar".

O juiz deu cinco dias para que sejam listadas as substitutas dessas testemunhas.

Procurada, a defesa de Lula ainda não se manifestou. Os advogados sempre afirmaram que o ex-presidente é inocente e não cometeu irregularidades.

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