Política

Moro diz estar honrado com eventual convite de Bolsonaro e promete pensar

Em entrevistas a emissoras de televisão nesta segunda (29), Bolsonaro declarou que pretende indicá-lo ao STF ou ao ministério da Justiça

Folhapress

Publicado em 30/10/2018 às 21:01

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Moro é o principal juiz da Operação Lava Jato no Paraná / Divulgação/Fotos Públicas

Em nota nesta terça-feira (30), o juiz federal Sergio Moro afirmou que está "honrado" com a afirmação do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de que o convidará para ser ministro da Justiça ou do STF (Supremo Tribunal Federal) no futuro.

"Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão", disse o magistrado.

Moro é o principal juiz da Operação Lava Jato no Paraná, e foi quem condenou o ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá, em julho de 2017.

Em entrevistas a emissoras de televisão nesta segunda (29), Bolsonaro declarou que pretende indicá-lo ao STF ou ao ministério da Justiça.

Apesar das declarações, não houve, ainda, um convite pessoal ou oficial de Bolsonaro para o magistrado.

"Se tivesse falado isso lá atrás, durante a campanha, soaria oportunista, mas agora, sim: pretendo, sim [convidar Moro], não só para o Supremo, mas quem sabe para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar previamente com ele. Com toda certeza será uma pessoa de extrema importância [em meu governo]", disse à TV Record.

Ao SBT, o presidente eleito reforçou que Moro seria muito bem-vindo em seu governo. "Ele é uma pessoa excepcional, que goza de um respaldo muito grande da população e tem conhecimento. O Ministério da Justiça pode ser um parceiro no combate à corrupção."

Amigos e pessoas próximas do juiz afirmaram à reportagem que dificilmente ele largaria a magistratura para se aventurar no Executivo, como ministro da Justiça.

Assumir uma vaga no STF, por outro lado, é um sonho do magistrado e representa um convite mais tentador. Isso depende, porém, da abertura de uma vaga na Corte -o que, no atual cenário, só aconteceria em 2020, com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello, membro mais antigo do tribunal, que completará 75 anos daqui a dois anos.

Nesta semana, após a eleição, Moro parabenizou Bolsonaro, ainda que sem citá-lo nominalmente, e desejou que ele faça "um bom governo" e resgate a confiança da sociedade brasileira nos políticos.
Sua mulher, a advogada Rosângela Wolff Moro, também se manifestou favoravelmente à eleição do capitão reformado, nas redes sociais, e disse "não ter medo da mudança".

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