Política

Melhor maneira de se sentir seguro é não incitar o ódio, diz Marina

Nesta segunda-feira (10), a presidenciável adotou um tom conciliatório ao falar da disputa eleitoral

Folhapress

Publicado em 10/09/2018 às 20:50

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Marina afirmou que não pedirá reforço em sua segurança / Divulgação/Facebook

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Em sua primeira viagem à Bahia na campanha deste ano, a presidenciável Marina Silva (Rede) adotou um tom conciliatório ao falar da disputa eleitoral e criticou o discurso do uso da violência para combater a violência.

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Em sua segunda agenda pública após o atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), Marina afirmou que não pedirá reforço em sua segurança nem deixará de participar de atos de rua na campanha.

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"A melhor forma de se sentir seguro é não incitando o ódio. Eu prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. E é por isso que sou tão bem recebida, mesmo por aqueles que não votam em mim", afirmou a candidata.

Marina também fez um paralelo entre à campanha presidencial de 2014 e a de 2018. Ela afirmou que campanha passada foi marcada pela violência política e pela desconstrução de biografias.  

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E disse que a atual está marcada pela "violência de fato", lembrando o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), os tiros desferidos contra a caravana do ex-presidente Lula e o atentado a Jair Bolsonaro.

Ao comentar o ataque sofrido pelo candidato do PSL, aproveitou para levantar a bandeira do desarmamento. Ela defendeu ainda ser equivocada a ideia de que o problema da segurança será resolvido com armas e violência.

"[Essa ideia] é tão equivocada que o candidato Bolsonaro, que estava com forte aparato da Polícia Federal, Polícia Militar e seguranças particulares, foi atingido por uma faca. Imagine se essa pessoa estivesse com uma arma de fogo, seria uma tragédia. Graças a Deus que temos o estatuto do desarmamento", disse.

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Em Salvador, Marina visitou uma memorial a Nelson Mandela na Liberdade, bairro que é um dos principais redutos petistas da capital baiana e que também foi visitado por Fernando Haddad (PT) há três semanas.

Acompanhada por uma comitiva de cerca de 50 candidatos e militantes da Rede e do PV, Marina foi até a estação do Plano Inclinado, onde dois ascensores fazem a ligação da cidade alta com a cidade baixa.

A comitiva da candidata tentou passar à frente dos demais passageiros, mas foi alvo de protestos de quem aguardava na fila. "Nem conseguiu se eleger e já quer passar na frente, imagina quando conseguir?", reclamou um passageiro.

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Irritada, Marina reclamou com os auxiliares e retornou para o final da fila, onde aguardou cerca de 20 minutos para embarcar no ascensor.

Na cidade baixa, visitou a estação ferroviária da Calçada, cujo trem liga o centro aos bairros do subúrbio de Salvador. Na estação esvaziada, cumprimentou alguns passageiros e ambulantes.

A vendedora Márcia Santos Freitas, 32, foi uma das poucas a cumprimentar e declarar voto na candidata. Ela incentivou Marina a persistir em suas tentativas de eleger-se presidente: "Não desista que você vai chegar lá. Nós, mulheres, estamos com você".

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