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Política

Lula negociou caixa dois a campanha de Haddad, diz delator da Odebrecht

Segundo os delatores, as transações foram ajustadas entre executivos do grupo -principalmente Alexandrino Alencar e Marcelo e Emílio Odebrecht

Folhapress

Publicado em 12/04/2017 às 20:30

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Segundo delator da Odebrecht, Lula negociou caixa dois a campanha de Haddad / Ricardo Stuckert

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para a Justiça de São Paulo relatos de delatores da Odebrecht, que afirmam terem feito doações por meio de caixa dois à campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo com a expectativa da aprovação de medidas favoráveis aos interesses da companhia.

Segundo os delatores, as transações foram ajustadas entre executivos do grupo -principalmente Alexandrino Alencar e Marcelo e Emílio Odebrecht- com o ex-presidente Lula e "outros integrantes do PT".

Os três colaboradores, escreve o ministro Fachin, noticiaram o "pagamento de valores em favores de João Santana", que seriam "obrigações decorrentes da mencionada eleição".

A empresa, segundo os delatores, buscava -além da aprovação de medidas legislativas de seu interesse- a concessão de incentivos fiscais pela Prefeitura de São Paulo. No documento assinado por Fachin, não há menção sobre os valores delatados.

Investigação

O ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra oito ministros do governo Michel Temer (PMDB), 24 senadores e 39 deputados federais. Serão abertas 76 investigações pedidas pela Procuradoria-Geral da República após as delações da Odebrecht.

Entre os citados estão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB). Dois dos principais aliados de Temer, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), também estão na lista, que abrange ainda os senadores Romero Jucá e Rena Calheiros, do PMDB, e Aécio Neves (PSDB).

No total a relação tem 98 nomes e inclui três governadores e um ministro do Tribunal de Contas da União. Algumas suspeitas da Procuradoria são corrupção, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, fraude e cartel. Fachin remeteu 201 outros casos a tribunais de instâncias inferiores envolvendo citados sem foro no Supremo -entre os mencionados estão os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso.

Os inquéritos iniciam longo trâmite. Investigarão o teor das delações, que precisarão de provas adicionais para tornar-se efetivas. Ainda há as fases de denúncia e do processo, com ampla defesa, antes do julgamento.

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