X

Política

Lava Jato passa a ter força-tarefa para investigações em São Paulo

Quatro procuradores vão se debruçar sobre 14 das 29 petições encaminhadas, em abril, à Justiça paulista pelo ministro Edson Fachin

Folhapress

Publicado em 21/07/2017 às 12:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Lava Jato passa a ter força-tarefa para investigações em São Paulo / Agência Brasil

A Lava Jato começou a chegar a São Paulo, oficialmente, na quinta-feira (20). O MPF (Ministério Público Federal) paulista anunciou a criação de uma força-tarefa que vai investigar as denúncias feitas por executivos da Odebrecht, em seus acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.

Quatro procuradores vão se debruçar sobre 14 das 29 petições encaminhadas, em abril, à Justiça paulista pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação no STF (Supremo Tribunal Federal). Em 10 de julho, o MPF havia pedido a instauração de 12 inquéritos ligados à Lava Jato.

Na lista de tarefas, estão a apuração do pagamento de propina nas obras da linha 2-verde do Metrô e, também, para favorecer a Odebrecht em um acordo judicial na construção da rodovia Carvalho Pinto.

No caso do Metrô, a Odebrecht diz que, em 2006, subornou, por um total de R$ 17,9 milhões, o ex-governador José Serra (PSDB) e diretores da companhia para reativar um contrato de 1991 ao retomar as obras do sistema de transporte. Com isso, o custo ficou R$ 37,7 milhões mais caro.

No que diz respeito à rodovia, a empreiteira relatou ter pago R$ 23 milhões a Serra, entre 2009 e 2010. Em troca, o governo de São Paulo pagou a uma das empresas do grupo R$ 191,6 milhões pendentes de obras na Carvalho Pinto.

Dos casos que serão analisados, seis são relativos ao PSDB (incluindo as obras do governo paulista), seis ao PT e um envolvendo o ex-presidenciável Eymael (PSDC). A maioria diz respeito ao pagamento de doações ilícitas durante as eleições para os legislativos federal e estadual em 2010.

Diferentemente dos colegas de Curitiba, os procuradores de São Paulo não se dedicarão exclusivamente à Operação. Segundo o MPF, uni-los em um grupo permitirá que eles possam trocar informações. Além disso, pode haver mais de um procurador para cada caso, o que deve agilizar as investigações. São eles: Thiago Lacerda Nobre, José Roberto Pimenta Oliveira, Anamara Osório Silva e Thaméa Danelon Valiengo.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Vai atravessar? Mau tempo e maré baixa elevam tempo de espera na balsa

As balsas são gratuitas para ciclistas. Idosos e pessoas com deficiência têm embarque prioritário

Cotidiano

Polícia Militar encontra três corpos em comunidade no Guarujá

Os cadáveres foram encontrados a partir de uma denúncia anônima feita a corporação

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter