10 de Maio de 2024 • 23:20
Política
O boletim médico divulgado descartou a possibilidade de lesão no fígado. A veia mesentérica superior, que leva sangue para parte do intestino, foi lesada e reparada, assim como as lesões no intestino grosso e no intestino delgado.
Bolsonaro participando de ato de campanha em julho. / Facebook/Jair Messias Bolsonaro
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) deixou Juiz de Fora (MG) às 9h desta sexta-feira (7) em um jato privado, no aeroporto da Serrinha, aeroporto regional de pequeno porte que opera apenas aeronaves particulares. O candidato foi esfaqueado durante ato de campanha na cidade nesta quinta (6).
Bolsonaro desembargou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e segue para o hospital Albert Einstein.
Ele saiu da Santa Casa de Misericórdia em uma UTI móvel, por volta das 8h20, após permanecer cerca de 17 horas no hospital. Segundo a diretora médica e técnica da Santa Casa, Eunice Dantas, seu estado de saúde é "hemodinamicamente estável", o que significa que seus órgãos estão funcionando normalmente, porém em observação. "Ele apresenta excelentes recuperação e condições clínicas", disse ela.
De acordo com os médicos, ele chegou em estado de choque, foi atendido na emergência e passou por uma grande cirurgia. Segundo Dantas, ele perdeu 40% do sangue do corpo, cerca de 2,5 litros, e recebeu quatro bolsas de sangue.
Ela avalia uma possível alta hospitalar em sete a dez dias. Também diz que a retirada da colostomia, uma comunicação do intestino grosso e o exterior através da barriga, em dois a três meses, se tudo correr bem. Os médicos afirmam que se ele tivesse demorado mais para ser socorrido, poderia ter morrido.
Traumas como o do presidenciável, que atingiu grandes vasos sanguíneos e órgãos no abdome, são marcados por um período crítico de recuperação nas primeiras 48 horas. Os maiores riscos nessa fase, explicou Ludhmila Hajjar, especialista em terapia intensiva e em medicina de emergência e professora da USP, são de hemorragia, inflamação, coágulos, insuficiência renal e infecções.
O boletim médico divulgado descartou a possibilidade de lesão no fígado. A veia mesentérica superior, que leva sangue para parte do intestino, foi lesada e reparada, assim como as lesões no intestino grosso e no intestino delgado.
O filho do candidato e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) afirmou que o pai saiu do hospital rindo, fez sinal de positivo e disse "pode ficar tranquilo". "'Vamos nessa, Brasil', do jeito dele, né?", disse. "Ele está sendo transferido em segurança, estável, para um excelente hospital". O deputado não falou sobre campanha eleitoral.
"O pior já passou, então agora a gente fica otimista e quando for normalizando a situação dele a gente vê quais são os próximos passos que a gente vai dar."
Flávio deixou a Santa Casa a pé, aos gritos de "mito, mito" por militares que participam do desfile de 7 de setembro na cidade. O evento ocorreu na avenida em frente ao hospital, no momento em que Bolsonaro saía do hospital.
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