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Política

Ex-prefeito Papa se desfilia do PMDB

O ex-chefe do Executivo santista é cotado para se filiar no PSB ou PSDB

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/09/2013 às 22:54

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O ex-prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa entregou ontem (20), às 13 horas, sua carta de desfiliação do PMDB, partido pelo qual atuou por oito anos como chefe do Executivo e quatro como vice-prefeito.

Embora fosse considerado seguidor do ex-prefeito santista Oswaldo Justo (PMDB), a decisão de Papa, hoje diretor da Sabesp (é engenheiro de formação), era aguardada no meio político local. O futuro do ex-prefeito está entre o PSB e o PSDB, embora ele tenha flertado com o PV. Ele deve concorrer a deputado federal no próximo ano, e sua filiação à nova legenda deve ocorrer somente no começo de outubro.

Presidente do diretório santista do PMDB, o vereador Marcus De Rosis foi duro ao saber da notícia: "Ele estava fora do partido há muito tempo. Era um pedaço de papel que o mantinha filiado ao partido, ao mesmo partido que lhe deu condições de ser prefeito, condições de ser vice-prefeito e uma base sólida na Câmara para que pudesse governar".

O Diário do Litoral apurou que João Paulo Tavares Papa não deu sequer um telefonema à direção do partido para explicar sua saída. "Ele vinha mantendo um relacionamento de fachada com as cúpulas estadual e federal do PMDB. Todos sabiam que ele tinha feito campanha para o José Serra (PSDB) para presidente da República", afirmou De Rosis. "A saída dele já era esperada".

O ex-prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa entregou ontem sua carta de desfiliação do PMDB (Foto: Matheus Tagé/DL)

A hipótese de se filiar ao PSB é respaldada na possibilidade de João Paulo Tavares Papa fazer dobrada eleitoral com o ex-prefeiturável vicentino Caio França. Papa sairia candidato a deputado federal, e Caio, filho do cacique socialista Márcio França, concorreria a uma vaga na Assembleia Legislativa.

A adesão ao PSDB é considerada pela forte relação de Papa com o Governo do Estado, especialmente com o atual chefe do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin.

54 linhas

A carta entregue por Papa tem 54 linhas, começa lembrando seus mais de 30 anos de militância na agremiação e cita lideranças do partido como Oswaldo Justo e Ulysses Guimarães. "Aprendi com Oswaldo Justo os mais importantes ensinamentos políticos, e de vida, que me acompanham até os dias atuais".

Somente no oitavo parágrafo, o ex-chefe do Executivo santista informa sua intenção: "Contudo, depois de todos esses anos é chegada a hora de assumir novos desafios. A região onde vivo e atuo, a Baixada Santista, passa por um período de profundas transformações exigindo posições políticas que me impõe uma nova opção partidária".

Ele segue: "Tomo a decisão de deixar as fileiras do PMDB, que ajudei a construir em Santos, depois de muito refletir sobre a minha militância, meus ideais e sobre o futuro. Trata-se de uma decisão pessoal, sem pressões e sem ressentimentos", destaca Papa.

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