23 de Abril de 2024 • 14:29
Darcy Vera (PSD) perdeu direitos políticos por 8 anos / Divulgação
Ex-prefeita de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), Darcy Vera (PSD) teve o mandato, já encerrado, cassado e perdeu os direitos políticos por oito anos após sessão da Câmara local nesta sexta-feira (17).
Os 27 vereadores votaram favoravelmente pela cassação, após a ex-prefeita ver seu nome envolvido na operação Sevandija, que apura o que é apontado como o maior escândalo de corrupção da história da cidade.
A operação investiga fraudes em contratos da prefeitura que somam ao menos R$ 203 milhões.
Ela foi cassada por três motivos: impedir o livre funcionamento da Câmara, negligenciar receitas (deixou de pagar fornecedores para pagar honorários que a Promotoria considera ilegais a uma advogada que foi presa na operação) e por quebrar o decoro do cargo.
Eleita em 2008 no primeiro turno, Darcy governou até 2 de dezembro do ano passado, quando foi presa na segunda fase da operação. Passou 11 dias detida na superintendência da PF (Polícia Federal) e na Penitenciária de Tremembé, até ser solta após conseguir um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), no dia 13.
Deixou a prisão, mas seguiu afastada do cargo e sequer concluiu seu mandato. Seu então vice, Marinho Sampaio (PMDB), renunciou após a prisão, e o mandato foi concluído pela vereadora Glaucia Berenice (PSDB), que não fazia parte da Mesa Diretora da Casa. Os integrantes da mesa foram afastados dos mandatos por suspeita de envolvimento com o esquema.
Desde então, optou pela reclusão e praticamente não sai de sua casa. Não esteve nem mesmo na audiência da CEP (Comissão Especial Processante) que definiria seu futuro político nem notificou as testemunhas a que tinha direito.
Nesta sexta, não foi nem enviou advogado. Um advogado foi nomeado no mesmo dia para defendê-la apenas na sessão.
Darcy sempre negou envolvimento com o esquema descoberto pela Sevandija, deflagrada pelo Ministério Público paulista, e nega ter havido enriquecimento -afirma ser dona apenas do imóvel em que mora.
PRESOS
Quatro pessoas estão presas por suposto envolvimento com a Sevandija. A advogada Maria Zuely Alves Librandi, que atuava no Sindicato dos Servidores, e o ex-presidente da Câmara Walter Gomes (PTB) já estavam detidos.
Nesta sexta, o ex-secretário (Administração) Marco Antônio dos Santos e o advogado Sandro Rovani, que também atuou no sindicato, foram presos novamente -terceira vez que são presos na Sevandija–, após liminar que os mantinha soltos ser derrubada pelo STJ.
A reportagem não obteve contato com as defesas dos detidos. Anteriormente, eles negaram envolvimento.
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