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Política

Estagnado no Datafolha, Alckmin se diz otimista para o segundo turno

O governador de São Paulo disse que é cedo para falar sobre suas chances na disputa pela Presidência, mas que está confiante

Folhapress

Publicado em 31/01/2018 às 22:00

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Alckmin afirmou que a população só deve escolher o candidato quando a campanha eleitoral começar, em agosto / Alexandre Carvalho/A2img/Fotos Públicas

Ao comentar na manhã desta quarta-feira (31) a pesquisa Datafolha na qual alcança 11% das intenções de voto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que é cedo para falar sobre suas chances na disputa pela Presidência, mas que está confiante.

"Essa é uma corrida de resistência e trabalho. O voto não vai se definir agora", declarou. Alckmin afirmou que a população só deve escolher o candidato quando a campanha eleitoral começar, em agosto. Até lá, ele diz que as pesquisas não devem ter grandes oscilações.

Segundo o tucano, a grande tarefa é chegar ao segundo turno. A pesquisa Datafolha mostra que numa disputa com Bolsonaro ou Ciro Gomes, Alckmin teria leve vantagem numérica, mas com empate dentro da margem de erro. O governador só seria derrotado por Lula.

"Estamos otimistas com a possibilidade de chegarmos ao segundo turno. Aliás, ainda nem temos candidatos. Meu partido nem definiu quem vai ser o candidato. Depois tem as alianças. O processo ainda está começando", afirmou a jornalistas, após participar da posse da nova diretoria do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), na capital.

Sobre o fato de aparecer tecnicamente empatado com o apresentador Luciano Huck, Alckmin diz que "o estimula" e que gosta muito do artista. "Conheço o Luciano há 20 anos, tem um trabalho social e comunitário, sempre estímulo."

Questionado se avalia o apresentador como um forte oponente, Alckmin declarou "não há dúvida que é forte. Tem presença nacional", mas sobre a possibilidade de ter Huck numa mesma chapa de campanha, disse "não posso cometer essa indelicadeza".

Alckmin afirma que não vê como problema a presença de outsiders na política, mas se diz preocupado com a "fragmentação partidária", que afeta a governabilidade do país. O governador disse que uma "reforma política é uma das primeiras a serem feitas" e se declarou a favor do voto distrital ou distrital misto.

O tucano é o quinto presidenciável mais rejeitado pela população, com taxa de 26%. "O próprio processo eleitoral, à medida que você vai avançando, a rejeição vai diminuindo. Você tem rejeição por desconhecimento. É um processo fragmentado, mas de muitos candidatos."

LULA

A pesquisa Datafolha também mostra Lula à frente mesmo após a decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) de manter a condenação do petista e elevar a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês.

Alckmin afirma que a pesquisa nesse momento serve apenas como "recall" e que os resultados não devem ser "maximizados". "Lula é muito conhecido, foi presidente da República, mas os argumentos da eleição devem aparecem mais pra frente."

O governador também disse que a participação de Lula na disputa será uma "questão jurídica" e que independentemente de qual for o candidato para o PT, o partido estará pronto para enfrentá-lo.

'NOSSO CANDIDATO'

O prefeito João Doria também participou do evento no Secovi e foi longamente aplaudido por empresários e sindicalistas presentes ao declarar: "Alckmin é o nosso candidato à Presidência da República".

Questionado se pretende se candidatar ao governo ou à Presidência, Doria se limitou a dizer "estou focado na Prefeitura de São Paulo". No Datafolha, o tucano alcança 5% do eleitorado e tem rejeição de 19%.

Durante sua fala no ato de posse, Doria voltou a defender a reforma da Previdência e elogiar a melhora na economia, feitos também destacados por Alckmin.

Ao iniciar o discurso, o governador brincou com o presidente reeleito do sindicato, Flavio Amaury, dizendo que pediria "uma aula de como se ter ter 96% dos votos na eleição".

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