"O Exército é bom para algumas coisas, mas não para tudo" / Wilson Dias/Agência Brasil
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O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, disse no fim da manhã desta terça-feira (2) que reforçará o contingente da Polícia Federal para que os agentes atuem no combate aos crimes de tráfico de drogas, homicídios e feminicídios.
Haddad não deixou claro se pretende federalizar os tipos de crimes citados. O crime internacional de drogas já é federal, por exemplo, mas a venda em território dos estados é de competência estadual.
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Haddad esteve no fim da manhã em agenda de campanha em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O candidato saltou da van de campanha e subiu em um carro de som posicionado no calçadão comercial do bairro, atualmente dominado por um grupo miliciano.
Não houve caminhada no local. Haddad discursou por cerca de 10 minutos e deixou Campo Grande rapidamente.
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O petista afirmou que o uso da PF no combate a crimes até então de esfera estadual seria uma opção à intervenção federal na segurança pública, como a que ocorre no Rio desde fevereiro.
"O Exército é bom para algumas coisas, mas não para tudo", afirmou, criticando o uso das Forças Armadas na segurança pública.
Haddad aproveitou para criticar o projeto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas, que defende a posse de arma de fogo para os cidadãos comuns.
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"Não queremos as mãos dos brasileiros armadas. No meu governo, as pessoas terão a carteira de trabalho em uma mão e um livro na outra", disse.
Ex-ministro da Educação, Haddad também defendeu que o governo federal atue mais na educação nos estados.
Ele afirmou que, em um eventual governo seu, colégios federais e institutos militares de ensino irão "adotar" escolas públicas estaduais.
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O candidato não explicou em detalhes a proposta, mas ela vai na direção da ideia manifestada pelo ex-presidente Lula (PT) de federalizar o ensino médio, hoje sob responsabilidade estadual.
Haddad prometeu ainda recuperar o polo naval do Rio e expandir o programa Mais Médicos.