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Política

É processo normal da Justiça, diz Meirelles sobre julgamento de Lula

Para ele, quanto mais candidato concorrendo à vaga em outubro é melhor do ponto de vista político. Ressaltou, no entanto, que a Justiça é soberana em sua decisão

Estadão Conteúdo

Publicado em 23/01/2018 às 04:31

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Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta segunda-feira, 22, que o julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima quarta-feira, 24, é um "processo normal da Justiça" e que o petista deveria participar da campanha à Presidência. Para ele, quanto mais candidato concorrendo à vaga em outubro é melhor do ponto de vista político. Ressaltou, no entanto, que a Justiça é soberana em sua decisão.

"Há consequências políticas, mas eu não tenho olhado isso com foco", disse a jornalistas em Londres, após encontro com investidores e autoridades locais. Ele voltou a dizer que, do ponto de vista político, seria bom que Lula disputasse a corrida presidencial. "Do ponto de vista da Justiça é outra história. A Justiça é soberana e vai tomar sua decisão baseada em todas as evidências", considerou.

Meirelles defende a participação do ex-presidente com o intuito de que se elimine a discussão, no futuro. "Disputou. Ganhou, perdeu, tudo bem", disse. "Politicamente, quanto mais candidatos melhor - não só ele, qualquer um. Todos os candidatos que queiram, do ponto político, é bom. Do ponto de vista judicial, é outra coisa. A Justiça é soberana", defendeu.

O ministro também tem notado um aumento da preocupação por parte de investidores em relação aos desdobramentos políticos do País. "Sim, existe, sim. É normal. Cada vez existe uma maior ênfase e foco no processo eleitoral e como será a política no Brasil", disse, salientando, entre outros pontos, as dúvidas que existem sobre como ficará a situação fiscal, econômica ou comercial a partir de 2019.

Mais uma vez questionado sobre a possibilidade de sua candidatura, Meirelles explicou que o tema esteve na pauta da reunião com investidores, que teve mais cedo, e que repetiu a posição de que só tomaria a decisão no começo de abril. "Não estou pensando nisso no momento", garantiu. Ele disse que tem um desafio muito grande no momento, que é o de consolidar o crescimento do País, com a expectativa de criar 2,5 milhões de empregos. "Estamos trabalhando duro nessa direção, com o foco total na economia. Depois vamos pensar em outros assuntos."

O ministro evitou responder sobre quem poderia o apoiar no caso de lançar seu nome para 2019. "Eu prefiro não entrar nisso, pois já começaria a discutir candidatura. Prefiro dizer que vou deixar para o fim de março essas discussões." Ele defendeu, porém, que o Brasil continue em sua linha atual. "Eu penso que a grande tendência é que o Brasil prossiga nessa linha. Então, que seja eleito um presidente que seja comprometido com esse processo de reformas da economia, de modernização da economia brasileira em andamento."

Sobre a situação da Caixa, o ministro também avaliou que o processo está "correndo normalmente". Ele enfatizou que o novo estatuto foi aprovado no fim da semana passada e que este é um movimento "muito importante". Em relação à capitalização da instituição, ele voltou a dizer que existe a possibilidade de que o aporte não demande fundos do FGTS porque a Caixa conta com outras fontes de capitalização. Meirelles partirá para Davos ainda hoje, para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos

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