X

Política

Doria atribui sua queda de avaliação a herança de Haddad e nega candidatura

O tucano despencou quase dez pontos percentuais na aprovação de sua administração

Folhapress

Publicado em 08/10/2017 às 16:01

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Doria também afirmou que vai manter sua agenda de viagens pelo país e para outros países / Divulgação/Fotos Públicas

O prefeito João Doria (PSDB) atribuiu às dificuldades financeiras da Prefeitura de São Paulo sua queda de aprovação registrada pela mais recente pesquisa Datafolha. Ele culpou diretamente a gestão de Fernando Haddad (PT), seu antecessor.

"É importante respeitar pesquisa, eu respeito pesquisa. Estamos com nove meses de gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, sem recursos. Temos R$ 7,5 bilhões de deficit no orçamento da prefeitura. Que foi herança do PT, que nos deixou esse rombo", disse Doria.

O tucano despencou quase dez pontos percentuais na aprovação de sua administração. Segundo o levantamento publicado neste domingo (8), o prefeito tem 32% de aprovação, 26% de rejeição e 40% de avaliação regular entre os paulistanos. Há quatro meses, Doria pontuava 41% de ótimo/bom, 22% de ruim/péssimo e 34% de regular.

Com margem de erro de três pontos para mais ou menos, entre os 1.092 entrevistados de 4 a 5 de outubro, a curva é francamente desfavorável ao prefeito: fora do empate técnico em todas as simulações. Pela primeira vez, a avaliação regular supera a positiva desde que sua gestão começou, em janeiro.

"É duro fazer gestão pública sem recursos, depender de apoio do setor privado, da cooperação e solidariedade de muitas pessoas." As doações empresariais à cidade continuam sendo malvistas pelos moradores. Para 46% dos paulistanos, elas não são transparentes (eram 45% em junho). Já 9% as veem como transparentes.

Em entrevista na manhã deste domingo, durante compromisso na cidade, Doria também afirmou que vai manter sua agenda de viagens pelo país e para outros países. O prefeito esteve neste sábado (7) no Pará, onde participou do Cirio de Nazaré, e nesta semana já viaja pra Itália.

Para 49% dos paulistanos, suas viagens pelo país trazem mais prejuízos do que benefícios à cidade, enquanto 35% aprovam a iniciativa. Já os que veem benefício pessoal ao tucano nas viagens são 77%, contra 14% que enxergam o contrário. De todo modo, metade dos paulistanos acha que o prefeito viaja mais do que devia, enquanto 40% apontam que a frequência é adequada, explicitando uma divisão de opiniões sobre o tema na cidade.

Desde a última pesquisa, Doria passou a percorrer o país em reuniões e estreitou relações com siglas como o DEM, cuja parcela ligada ao prefeito de Salvador, ACM Neto, vê o tucano como melhor candidato à Presidência que o seu padrinho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Com efeito, acham que Doria será candidato a presidente 37% dos paulistanos, contra 21% em junho. Mas 58% preferem que ele permaneça na prefeitura, contra apenas 10% que o desejam ver disputando a Presidência ou 15%, o governo do Estado.

Apenas 18% dos ouvidos votariam com certeza no tucano para a Presidência, enquanto 26% o fariam para o governo estadual. A maioria não votaria nele de jeito nenhum para o Planalto (55%), e 24% talvez o apoiassem.

Doria participou nesta manhã de mais uma agenda referente a reformas nas calçadas. De novo, ele colocou capacete e luvas e ajudou a cimentar dois pequenos espaços. Também ao comentar a pesquisa, listou ações da prefeitura, como tapamento de buracos, reformas no asfalto, abastecimento de medicamentos nos postos e criação de vagas em pré-escola.

"Estamos fazendo o que é possível fazer e reconhecendo também o valor e as vozes daqueles das ruas que pedem uma ação mais efetiva e constante da prefeitura de são paulo."

Sobre a rejeição dos paulistanos a uma possível candidatura à presidência, Doria disse que não se apresenta como candidato e nega estar fazendo campanha -embora não tenha descartado totalmente a possibilidade de disputar a próxima eleição.

"Eu não me apresento como candidato à presidência da República, eu me apresento sempre como prefeito da cidade de São Paulo. Quem induz, fala, quem apresenta o meu nome são as pesquisas, não sou eu. Não tenho nem que contestar a pesquisa porque não me apresento como tal", diz. "O dia de amanhã cabe ao amanhã, não sou capaz de prever o amanhã."

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cubatão

105 escrituras definitivas são entregues a moradores da Vila Natal, em Cubatão

Evento faz parte do processo de regularização fundiária que vem sendo implementado no município desde 2017

Santos

Grupo de caminhada em policlínica de Santos, irá recomeçar nesta quarta (24)

Ao chegar na policlínica, o munícipe será cadastrado na unidade para o acompanhamento da saúde

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter