Dilma afirma que ajuste fiscal tentado em 2015 foi erro / Agência PT
Continua depois da publicidade
A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou, em entrevista à revista "Carta Capital", que tentar fazer um ajuste fiscal em 2015 foi um erro.
"As pessoas tentam e às vezes erram. Nós pensamos que seria possível um processo de ajuste de um ano, mas era incompatível em 2015 com a realidade política do país."
Continua depois da publicidade
Segundo Dilma, houve resistência política a aumento de impostos e a reformas que significassem reduzir os recursos destinados a alguns setores da população.
Segundo Dilma, o presidente interino, Michel Temer, adotou um programa que visa a terminar com projetos sociais, acabar com o pré-sal e "sair privatizando", totalmente diferente das propostas da chapa pela qual foi eleito com ela em 2014.
Continua depois da publicidade
Parafraseando Leonel Brizola, Dilma afirmou que lutará "em todas as dimensões e consequências" para não perder definitivamente o mandato. "Primeiro vamos fazer uma grande mobilização democrática, na sequência podemos apresentar um programa de muitas forças".
Dilma classificou a gestão interina de Temer como "governo de homens brancos aflitos pela misoginia". E acusou o deputado afastado Eduardo Cunha de continuar dando as cartas no governo, na Câmara e no Senado.
Segundo ela, houve uma reagrupação de forças conservadoras de direita dentro do PMDB que deu hegemonia a Cunha e seus aliados.
Continua depois da publicidade
Dilma criticou ainda as declarações do ministro de Relações Exteriores, José Serra, que subestimam a importância da América Latina, do Mercosul para o Brasil. E afirmou que a posição do economistas em relação à África revela "certo colonialismo".