05 de Maio de 2024 • 05:09
Geddel foi preso no último dia 3 sob suspeita de tentar obstruir investigações / Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-ministro Geddel Vieira Lima recebeu autorização nesta quarta-feira (12) para sair da penitenciária da Papuda, em Brasília, e cumprir prisão domiciliar.
A decisão é do desembargador do Tribunal Regional Federal de Brasília Ney Bello.
Geddel foi preso no último dia 3 sob suspeita de tentar obstruir investigações.
Na semana passada o juiz da 10ª Vara Federal em Brasília, Vallisney Oliveira, havia decidido manter a prisão do ex-ministro durante audiência de custódia. Na ocasião, Geddel chorou ao saber que continuaria na Papuda.
A prisão do ex-ministro e amigo de Michel Temer foi decretada no âmbito de um processo que investiga desvios na Caixa entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de pessoa jurídica do banco estatal.
Também são investigados nesse caso, derivado da Operação Cui Bono, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o corretor de valores Lucio Funaro, ambos presos.
O principal motivo para a prisão de Geddel foi o depoimento de Funaro em um dos inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga o presidente da República.
Funaro entregou registros de ligações telefônicas feitas em maio por Geddel à sua mulher, Raquel. O corretor disse em depoimento que "estranhou" as ligações, pois Geddel "sondou" qual era a disposição dele, Funaro, de fazer uma delação premiada.
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