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Política

Cunha quer acesso à delação de ex-diretor da Petrobras

O ex-diretor citou pelo menos 32 parlamentares envolvidos em suspeitas de recebimento de propina sobre contratos com a estatal

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/09/2014 às 20:45

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O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), defendeu nesta terça-feira, 09, que a CPI mista da Petrobras tenha acesso a íntegra da delação premiada de Paulo Roberto Costa antes de o colegiado tomar o depoimento do ex-diretor da Petrobras. Parlamentares da oposição defendem que a comissão tome o depoimento de Paulo Roberto logo, mesmo sem a conclusão do acordo de delação premiada que o ex-diretor está fazendo com a Justiça Federal do Paraná.

Conforme adiantou o Estadao na sexta-feira, 05, o ex-diretor citou pelo menos 32 parlamentares envolvidos em suspeitas de recebimento de propina sobre contratos com a estatal. Entre os citados estão importantes parlamentares do partido de Eduardo Cunha, como os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo.

O líder do PMDB afirmou que a delação premiada ainda não foi concluída ainda e que os casos revelados até agora, como o de Renan, não tem a ver com a Petrobras. Ele disse que é preciso, primeiro, ver em qual contexto o nome dos políticos foram citados. "Ele não vai interromper o depoimento para ir ao Congresso", disse Cunha. "Tem que ter o teor do depoimento antes", completou.

Eduardo Cunha defendeu que a CPI mista da Petrobras tenha acesso a íntegra da delação premiada de Paulo Roberto Costa (Foto: Agência Câmara)

O peemedebista disse que vai participar da reunião convocada para esta quarta-feira, 10, pela manhã pelo presidente da CPI mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para definir o que a comissão vai fazer em relação à Paulo Roberto. À tarde, a CPI mista vai ouvir o depoimento de outro ex-diretor, Nestor Cerveró.

Ele foi o responsável pelo resumo executivo que embasou a decisão do Conselho de Administração da estatal, presidida à época pela presidente Dilma Rousseff, em favor da compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Em nota, Dilma disse que não aprovaria a operação se tivesse tido acesso a todas as cláusulas omitidas do resumo apresentado por Cerveró.

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