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Política

Contrariando Bolsonaro, Doria diz que não abrirá mão da F1 em São Paulo

O governador disse que não há estremecimento entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, por conta do anúncio feito na quarta-feira (8) pelo presidente de construir um autódromo para a realização do Grande Prêmio da Fórmula 1 em 2020 no Rio de Janeiro.

Agência Brasil

Publicado em 10/05/2019 às 15:55

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O governador de São Paulo, João Doria. / Arquivo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira (10) que não abrirá mão do Grande Prêmio da Fórmula 1 em 2020 em São Paulo. "Tem um contrato a ser cumprido, e tem o prefeito [Bruno Covas] e o governador que vão lutar pelo seu estado e pela sua cidade pela manutenção do GP em São Paulo. Não abrirmos mão da F1 em SP, é uma tradição, uma vocação da cidade, e o Autódromo Internacional de Interlagos é um dos melhores circuitos avaliados pelos pilotos".

O governador disse que não há estremecimento entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, por conta do anúncio feito na quarta-feira (8) pelo presidente de construir um autódromo para a realização do Grande Prêmio da Fórmula 1 em 2020 no Rio de Janeiro.

“Não há nenhum estremecimento, não há nenhum fator que possa afastar essa relação com o presidente. A relação segue muito boa, estaremos juntos no próximo dia 16 em Dallas, onde ele irá receber o prêmio de personalidade do ano”, disse o governador.

Além do aspecto da qualidade do circuito, Doria enfatizou o aspecto econômico da realização da prova na capital paulista. "A capacidade econômica de uma cidade que tem 13 milhões de habitantes garante o volume de ingressos e o preço médio do ingresso que sustenta parte do investimento", disse.

Impacto econômico

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que o impacto econômico do GP em São Paulo é de R$ 334 milhões, na última edição. "Embora seja um evento que não é maior em relação ao público, ele é de grande impacto econômico para São Paulo, já que, inclusive, 77% do público que frequenta [a F1] é turista”, salientou Covas, acrescentando que a prefeitura está atuando para a renovação do contrato com a Fórmula 1.

“Desde o final do último GP nós iniciamos as tratativas para a renovação do contrato, a partir de 2021. Durante esse período todo não tivemos nenhuma resistência por parte do proprietário do evento com relação a essa renovação. Temos uma reunião em junho para dar continuidade a essa tratativa. O CEO da empresa que agora detém a F1, o Chase Carey, estará aqui para mais uma rodada de conversas com a prefeitura de São Paulo, não houve qualquer cancelamento. No entanto, fomos pegos de surpresa por este anúncio, já que a tratativa de São Paulo com a F1 tem se dado dentro da normalidade”.

Governador

Doria também enfatizou que tem uma boa relação com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o prefeito da cidade, Marcelo Crivela. “Nada temos contra o Rio de Janeiro, muito menos contra o prefeito e o governador. É legítimo que eles busquem pelo estado do Rio de Janeiro, não temos nenhum conflito, nenhuma oposição de nossa parte a essa legítima vontade de melhorar o turismo e a oportunidade de promover grandes eventos no Rio de Janeiro”.

O governador de São Paulo disse que a área escolhida para o futuro autódromo no Rio de Janeiro não tem nada a oferecer. “Já sobrevoei o campo de Deodoro e não tem nada, rigorosamente nada. Como é que pode imaginar que um investimento que não está planejado dizer que haverá um autódromo internacional, qualificado e aprovado pelos promotores da Fórmula 1, para realizar em 2020 o GP de F1, algo não está ordenado nesse processo”.

O prefeito Bruno Covas disse São Paulo atende a todas as especificações para a prova e que não há taxa de promoção a ser paga pela prefeitura aos promotores do GP. “A prefeitura não paga nenhum valor à Fórmula 1, o que está no contrato, e que a prefeitura sempre faz, são as obras que precisam ser feitas no autódromo anualmente para poder receber muito bem o evento, não há nenhum valor pago à Fórmula 1 para poder realizar o evento. Vamos continuar avançando para que o evento gere emprego e renda”.

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