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Política

Confronto em Marcha sindical causa confusão em Brasília

Milhares de pessoas invadiram Brasília para exigir fim das reformas pretendidas pelo Governo

Francisco Aloise

Publicado em 24/05/2017 às 20:58

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Confusão entre manifestantes e polícia transformou Brasília numa Praça de Guerra / Agência Brasil

De Brasília

A Marcha sindical realizada hoje (24) em Brasília, reuniu milhares de trabalhadores e sindicalistas, vindos de várias partes do País, e acabou com confusão e confronto entre alguns manifestantes e a Polícia Militar do DF, o que provocou um clima de tensão, insegurança e medo entre os participantes da Marcha, onde mulheres e crianças também se encontravam presentes. Sindicalistas lamentaram o episódio que acabou esvaziando o o Nacional e desviando o foco das manifestações.

A Marcha Sindical em Brasília foi contra as reformas trabalhista e previdenciária. Os manifestantes pediram também a renúncia do presidente Michel Temer e Diretas Já.  Santos se fez presente às manifestações, com cerca de 800 pessoas das mais variadas categorias de trabalhadores.

As centrais informaram que 100 mil pessoas compareceram às manifestações, fato contestado pela Polícia Militar do DF, que disse que havia 35 mil pessoas.

As manifestações, que eram tranquilas, começaram a ficar tumultuadas quando  se iniciou um confronto entre policiais militares e um grupo de mascarados já nos jardins da Esplanada dos Ministérios, que por alguns momentos se transformou numa verdadeira Praça de Guerra.

Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, disse que foi a maior marcha sindical de todos os tempos reunindo mais de 100 mil trabalhadores de todo o Brasil.

“Mais do que lamentar, nós, da Força Sindical, rechaçamos a infiltração de black blocs neste ato grandioso e significativo. Não temos nada a ver com esses baderneiros.  E igualmente atribuímos ao despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público. Em lugar de prender bandidos comuns e qualificados, de máscara ou de colarinho branco, infelizmente essa polícia se especializa em atacar trabalhadores e trabalhadoras”, conclui o sindicalista em nota à imprensa.

Sindest

“Os trabalhadores e servidores demonstraram sua mobilização e lamentamos os incidentes e o confronto entre um grupo de pessoas mascaradas que nada tinham aa ver com o movimento sindical e  a polícia militar do DF , que mais parecia  preocupada em esvaziar nossa manifestação no momento em nossa manifestação estava transcorrendo em clima de tranquilidade, afinal, nosso objetivo  é um só: enterrar essas reformas pretendidas pelo Governo e que estão tramitando no Congresso Nacional”, lamentou Fábio Marcelo Pimentel, presidente do Sindest e diretor da Nova Central Sindical em Santos.

“A nossa mobilização já vinha ocorrendo há algum tempo, pois desde março nos preparamos para a greve geral realizada no dia 28. O recado ao Governo e aos parlamentares foi dado e esperamos reverter agora essa situação e arquivar essas reformas nocivas aos trabalhadores e servidores”, disse José Calixto, presidente nacional da NCST.

E prosseguiu:“nossa luta não deve ser encarada como um confronto contra quem quer que seja, e sim uma mobilização a favor da sociedade brasileira. Nossa luta é pacífica em prol do mais importante: combatermos a retirada de direitos já conquistados, não só para um grupo ou categoria, mas por todos os trabalhadores e pela sociedade em geral”, concluiu o sindicalista.

“Felizmente, temos um povo guerreiro, que desde a confederação dos tamoios, em 1554, resiste contra os invasores e os dominadores. Esse capítulo da luta do povo ainda está sendo escrito. Ainda podemos vencer, mas precisamos de mais e mais lutadores”, ressaltou o diretor do SindServSV, Marcelo Arias.

O sindicalista santista, Valdir Pestana, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Santos e da Federação Estadual da categoria, mobilizou grande número de trabalhadores na Capital Federal, disse que a mobilização vai prosseguir. “Nós não podemos retroceder e vamos preparar os próximos passos a serem seguidos, mas uma nova greve geral não está descartada e estamos respaldado para isso, basta ver que colocamos cerca de 100 mil pessoas aqui em Brasília”, informou.
 
Reivindicações

As centrais sindicais reivindicam o fim da tramitação das reformas trabalhista e previdenciária que estão em tramitação no Congresso Nacional e prometem fazer uma nova greve geral de dois dias, em data a ser definida.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, defende uma saída negociada devido à crise política pela qual o País vem atravessando.

A concentração dos trabalhadores começou logo cedo, em frente ao Estádio Mané Garrincha e a Marcha saiu em direção ao Congresso Nacional pouco depois do meio-dia.

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