X

Política

Com renúncia, Pedro Henry fica inelegível até 2029

Se quiser, o ex-líder do PP só poderá voltar à vida pública aos 71 anos. Ele é o terceiro parlamentar condenado no mensalão a renunciar ao mandato após a ordem de prisão

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/12/2013 às 19:38

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O agora ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT), terceiro parlamentar condenado no mensalão a renunciar ao mandato após a ordem de prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), vai ficar inelegível pelos próximos 16 anos. O ex-líder do PP não poderá concorrer a cargos públicos até 2029, mesmo ano que ficará proscrito politicamente Valdemar Costa Neto (PR-SP), outro que, na semana passada, renunciou à cadeira da Câmara após o Supremo mandar prendê-lo. Pedro Henry entregou-se à Polícia Federal em Brasília no início da tarde desta sexta-feira, 13.

Se quiser, o ex-líder do PP só poderá voltar à vida pública aos 71 anos, enquanto o cacique do PR - ex-presidente do extinto PL - aos 80 anos. Os dois foram condenados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Valdemar a 7 anos e 10 meses de prisão e Henry, a oito meses a menos que o colega.

O ex-deputado Pedro Henry fica inelegível até 2029 (Foto: Divulgação)

Os dois trilharam caminhos políticos distintos desde que o escândalo eclodiu em 2005. Valdemar renunciou ao mandato para não ser cassado e, um ano depois, voltou à Câmara - ele ainda se reelegeu mais uma vez, puxado pela votação milionária de Tiririca. Henry, por sua vez, permaneceu no cargo e foi absolvido pela Câmara dos Deputados em dois processos de quebra de decoro: um por envolvimento no mensalão e outro pelo escândalo dos sanguessugas, o esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Reelegeu-se em 2006 e 2010. Valdemar e Henry apresentaram discursos semelhantes para justificar a renúncia.

O ex-líder do PP pode ser companheiro de cela de ex-integrantes da cúpula petista, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. No momento, o ex-presidente do PT José Genoino, que deixou o mandato na Câmara semana passada, cumpre temporariamente pena em regime domiciliar.

Dos quatro parlamentares condenados no processo, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) é o único que disse que não pretende renunciar. Seu caso só será resolvido em 2014, quando os últimos recursos que apresentou devem ser julgados.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Baixada Santista confirma sétima morte por dengue

A vítima é uma mulher de 49 anos, que morreu no último dia 3

Santos

Pacientes com câncer estão tendo cirurgias suspensas em Santos

Denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter