X

ELEIÇÕES 2022

Com 'efeito Janones', Lula sobe 4 pontos e se distancia de Bolsonaro

Pesquisa BTG/FSB revela que 'efeito Janones' e conversão de indecisos turbinam campanha de Lula, que sobe para 45% nas intenções de voto

Bruno Hoffmann

Publicado em 15/08/2022 às 09:32

Atualizado em 15/08/2022 às 10:41

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Lula, durante evento na Fiesp / Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

Após a desistência do até então candidato André Janones (que na semana passada tinha 2% das intenções de voto), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou quatro pontos percentuais e retornou ao patamar de 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro  (PL)  ficou estável em 34%. Todos os demais candidatos oscilaram dentro da margem de erro.

Os números são da nona rodada de pesquisa BTG/FSB de intenção de voto para presidente, avaliação de governo e outros dados sobre a conjuntura econômica do País, divulgada nesta segunda-feira.

Na simulação de segundo turno, houve movimento semelhante: Lula tem agora 53% (2 pontos percentuais a mais do que há uma semana) e Bolsonaro, 39% (oscilação de 1 ponto percentual para baixo).

"Tudo indica que, além de herdar os eleitores de terceira via que escolhiam até então o nome de André Janones, o ex-presidente Lula conseguiu atrair votos de pessoas que estavam indecisas ou que falavam em anular o voto", explica Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB.

O Instituto FSB Pesquisa entrevistou por telefone 2.000 pessoas entre sexta-feira (dia 12) e domingo (dia 14). A margem de erro é de 2 pontos percenturais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE, sob número BR-00603/2022.

Efeito Janones

De acordo com avaliação do instituto, o crescimento de Lula se deu por influência da desistência de Janones e a conversão de indecisos e de eleitores que anulariam o voto.

O instituto também analisa que, ao que tudo indica, os efeitos positivos da redução dos preços dos combustíveis na candidatura presidencial já ocorreram, enquanto o potencial impacto do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 ainda não chegou a alterar a intenção de voto.

Veja mais detalhes da pesquisa abaixo:

Espontâneo

Lula            41% (antes 38%)
Bolsonaro    32% (antes 31%)

Ciro            3% (antes 3%)
Outros        2% (antes 2%)
Não voto        22% (antes 24%)

Estimulado

Lula            45% (antes 41%)
Bolsonaro    34% (antes 34%)
Ciro            8% (antes 7%)
Simone Tebet    2% (antes 3%)
Outros        4% (antes 5%)
Não voto        8% (antes 10%)

2º turno

Lula            53% (antes 51%)
Bolsonaro    38% (antes 39%)
Não voto        10% (antes 10%)

Potencial de voto

Lula            54% (antes 52%)
Bolsonaro    43% (antes 44%)

Rejeição

Lula            44% (antes 45%)
Bolsonaro    54% (antes 53%)

Avaliação do governo

Avaliação

Ótimo/bom:        33% (antes 33%)
Regular:            21% (antes 22%)
Ruim/Péssimo:    44% (antes 44%)

Aprovação

Aprova:        38% (antes 40%)
Desaprova:    55% (antes 54%)

Economia

Percepção geral sobre a situação atual da economia brasileira continua melhorando, mas  gradativamente:

Vivendo um bom momento econômico    8% (antes 8%)
Em crise, mas começando a recuperar    35% (antes 33%)

Em crise, com dificuldade de recuperar    53% (antes 56%)

Inflação

Segue em queda, embora majoritário, o percentual do eleitorado que diz ter sofrido com a inflação nos últimos 3 meses: chegou a 85%, era 88% há duas semanas, 91% há três semanas e 97% no final de junho.

Também segue melhorando o percentual de eleitores que aposta em novos aumentos de preços nos próximos 3 meses: recuou de 44% na anterior para 40% agora, mas estava em 65% no final de junho.

Situação financeira individual


No entanto, quando perguntado sobre sua vida financeira individual, apenas 21% falam em melhora nos últimos 30 dias. Ou seja, a percepção geral melhorou, mas boa parte do eleitor ainda não sentiu esse impacto positivo no bolso.

34% dizem ter piorado de vida nos últimos 30 dias
44% dizem estar igual
21% dizem ter melhorado

Combustíveis

Oscilou de 63% para 64% o percentual dos que perceberam redução no preço dos combustíveis. Dado ter parado de aumentar pode indicar que o "efeito combustível" tenha se esgotado.

Também parou de crescer o reconhecimento da paternidade da redução: os que reconhecem o governo como o responsável voltou ao patamar de 38% (42% na semana passada e 38% há três semanas)

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Colégio São José e Colégio Stella Maris são homenageados pela Câmara de Santos

As homenagens ocorrerão durante sessão solene, na Sala Princesa Isabel, do Paço Municipal, às 19 horas

Cotidiano

Guarujá quer mudar as duas entradas da cidade, diz secretário

Adilson de Jesus deu entrevista exclusiva ao Diário na manhã desta segunda (18)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter