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Política

Clientes de José Dirceu dizem buscar negócios fora do Brasil

Empresa cujos pagamentos declarados somaram o maior valor na lista entregue à Lava Jato (R$ 7,8 milhões), a farmacêutica EMS disse em nota que a prestação de serviços durou quase cinco anos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/03/2015 às 14:07

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A exemplo da Engevix, que diz ter contratado a empresa do ex-ministro José Dirceu para fazer "lobby internacional", outros clientes da JD Consultoria alegam ter buscado os serviços com vistas à ampliação de negócios fora do País. Entre 2006 e 2013, a JD declarou à Receita faturamento de R$ 29,3 milhões.

Empresa cujos pagamentos declarados somaram o maior valor na lista entregue à Lava Jato (R$ 7,8 milhões), a farmacêutica EMS disse em nota que a prestação de serviços durou quase cinco anos e teve a "finalidade de internacionalização da empresa e a prospecção, expansão e diversificação dos negócios do grupo em outros países". Segundo a EMS, que afirma ter notas e contratos dos serviços, não houve nenhuma irregularidade nos acordos.

Outros clientes da JD Consultoria alegam ter buscado os serviços com vistas à ampliação de negócios fora do País (Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo)

Suspeita de integrar o cartel que atuou na Petrobras, a OAS pagou R$ 2,9 milhões à JD de 2007 e 2013. A empreiteira diz que "todos os contratos obedecem à legislação" e vai aguardar o fim das investigações para se manifestar. A Monte Cristalina "esclarece que contratou a JD como um dos suportes para suas decisões de investimentos". A empresa, que repassou R$ 1,6 milhão à firma de Dirceu, afirma que os valores cobrados sempre "estiveram em linha" com os praticados no mercado".

A Ambev confirma que contou com os serviços da JD para assessorá-la em operações na Venezuela, "país cujo ambiente político era sua especialidade". "Na ocasião, o país vivia um clima de incertezas para empresas instaladas em seu território, tendo havido em vários setores fechamento de plantas", argumenta a Ambev, que pagou R$ 1,5 milhão. A reportagem não conseguiu contato com o advogado Alberto Toron, que defende a UTC, responsável por R$ 2,3 milhões. 

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