23 de Abril de 2024 • 13:58
Cardozo diz que sindicância contra ele é tentativa de sucessor de intimidá-lo / Agência Brasil
O ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo criticou neste sábado (21) o anúncio de que seu sucessor na pasta, Fábio Medina Osório, vai abrir uma sindicância contra o petista por chamar o processo de impeachment de "golpe" quando ainda era titular da AGU (Advocacia-Geral da União).
Cardozo disse que o processo é uma "evidente tentativa de intimidação do livre exercício da atuação de um advogado" e anunciou que entrará com uma representação contra Osório no Conselho de Ética da Presidência da República.
O ex-ministro ainda exibiu reportagem do "Diário do Grande ABC" publicada em abril do ano passado em que o próprio Osório diz que o processo contra Dilma poderia ser classificado como um golpe.
"Afastar a petista do Palácio do Planalto sem que haja prova de que cometeu crime de responsabilidade nos primeiros dias do segundo mandato seria golpe institucional. A tese é do presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado, Fábio Medina Osório, advogado especialista em Direito Público e ex-promotor de Justiça no Rio Grande do Sul", diz trecho da reportagem.
Por fim, argumentou que o PPS já havia aberto uma representação contra ele pelo mesmo motivo e que ela foi rejeitada pelo Conselho de Ética da Presidência.
O entendimento de Osório na ação contra Cardozo é que, como ministro da AGU, que representa também os poderes Judiciário e a Legislativo, o petista não poderia ter defendido a hipótese de "golpe".
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