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Política

Capitão Derrite quer ser porta-voz dos PMs e bombeiros

Capitão Derrite foi eleito deputado federal com 119.034 votos. Hoje é vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, atuando em sete comissões da casa

Da Reportagem

Publicado em 25/11/2019 às 15:24

Atualizado em 25/11/2019 às 15:56

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Capitão Derrite comandou até 2013 as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) / Diego Freire/Gazeta de S.Paulo

Guilherme Muraro Derrite nasceu em Sorocaba no dia 10 de outubro de 1984, filho do casal Maria Teresa Muraro Derrite e Francisco Carlos Lucchessi Derrite. Ingressou na Academia em 2003, quando se mudou para São Paulo.

Em 2010, foi promovido a 1º Tenente e comandou, até 2013, as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Um grande sonho que ele concretizou.

E em 2016, então, prestou um concurso interno para realizar a profissão que também sempre esteve no sonho de infância: a de bombeiro. Tendo êxito no concurso, comandou o Posto de Bombeiros de Pirituba do 2º Grupamento de Bombeiros da Capital.

Sua atuação ganhou destaque, e logo em seguida foi convidado pelo então deputado federal e hoje presidente da República Jair Bolsonaro a sair candidato a deputado federal.

Como sentia falta de um representante da categoria em Brasília, enxergou ali uma chance de se tornar o porta-voz dos policiais militares e dos bombeiros. Em lealdade ao seu amigo e seu comandante na ROTA Coronel Telhada, saiu pelo mesmo partido, o Progressistas.

Capitão Derrite iniciou a campanha. Foi eleito deputado federal com 119.034 votos. Hoje é vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, atuando em sete comissões da casa, sendo vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Gazeta de S.Paulo - Sobre os primeiros meses do seu mandato. Como avalia? É o que esperava?

Capitão Derrite - Este primeiro ano de mandato está sendo muito positivo! Em poucos meses de trabalho já conseguimos adquirir protagonismo no Congresso Nacional e estamos pautando e aprovando muitas das mais relevantes demandas trazidas pelo povo, que confiou o seu voto em mim. Assumi a importante função de vice-líder do Governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara e, por isso, também estamos conseguindo atuar de modo muito positivo perante as mais importantes demandas do Governo Federal.


GSP - Teve alguma decepção e alegria dentro da política?

CD - Atuar em um Parlamento tão diversificado e complexo quanto o nosso é uma missão muito árdua, pois deparamo-nos, por vezes, com ideias e com propostas menos republicanas do que esperamos. Mas, de uma forma geral, estamos vivendo um momento histórico de revalorização e de reformulação da nossa classe política e, por isso, as notícias positivas que tivemos neste primeiro ano desta legislatura são só o começo da evolução econômica e social que tanto almejamos para o nosso País, e é muito gratificante poder contribuir para a melhoria de vida de nosso povo!

Um ponto extremamente importante que deveríamos ter avançado ainda neste ano é a aprovação do pacote anti-crime. De certo modo é decepcionante ver reiteradamente a tentativa de desidratação de normas tão relevantes para a segurança pública, e que nosso povo tanto anseia.


GSP - A sua relação com seus eleitores é mantida como?

CD - Repare que, muitas vezes, falo na terceira pessoa, e isso não é um vício de linguagem, pois realmente falo em nome das pessoas que confiaram a sua esperança de um Brasil melhor em mim! Diariamente estou em contato com o povo e com os meus eleitores, seja pelas redes sociais ou pela internet, mas, principalmente, presencialmente. Esta rotina de contato com a população e com as suas demandas e anseios é uma missão que jamais deixarei de praticar e que, inclusive, irei ampliar.
 

GSP - Qual foi sua principal ação neste primeiro ano?

CD - Em que pese o pouco tempo de mandato, já tivemos grandes conquistas, pois já aprovamos um relevante Projeto de Lei de nossa autoria - para proteger pessoas indefesas e para efetivamente punir inescrupulosos que praticam a instigação, o auxílio ou o apoio material ao suicídio de pessoas que passam por momentos difíceis. Uma boa parte de nossa energia foi aplicada na reforma da Previdência, o que certamente irá refletir na melhoria da qualidade de vida de nosso povo a longo prazo, mantendo a saúde previdenciária para as próximas gerações.


GSP - Quais lições o senhor trouxe do tempo de Polícia Militar para o seu mandato?

CD - Ter exercido uma profissão cujo maior objetivo é ajudar as pessoas é muito significativo para mim! E os ideais de honestidade, de lealdade e de supremacia do interesse público que aprendi nos bancos escolares da Academia do Barro Branco pautam toda a minha vida e, indubitavelmente, são o norte do meu mandato. É isso que o povo que votou em mim espera, e é isso que, até mesmo inconscientemente, sempre pautará a minha existência.


GSP - Qual será o candidato em Sorocaba, sua terra natal, que pretende apoiar para a prefeitura?

CD - Com certeza apoiaremos uma pessoa que compartilhe dos nossos ideais e que esteja compromissado com os anseios do nosso eleitorado. Esse candidato já existe, e no tempo certo, sem pular etapas, iremos divulgar o seu nome. Temos a certeza que o nosso próximo prefeito estará alinhado com as boas práticas da nova política, e que trará ainda muita felicidade aos sorocabanos.


GSP - Como o senhor avalia o governo Bolsonaro?

CD - De modo extremamente positivo, estamos vivendo um momento de virada na cultura política do Brasil, sem clientelismo e sem patrimonialismo, e, se depender de mim, conseguiremos, junto ao Governo Federal, efetivar todas as reformas na legislação que possibilitem o crescimento sustentável de nossa nação e melhoria na qualidade de vida de toda a sociedade.


GSP - E o governo Doria?

CD - Não posso nem falar que estou decepcionado, pois em nenhum momento acreditei que este governo estadual poderia entregar para o povo paulista aquilo que prometia e aquilo que a sociedade necessita. Mas tenho fé que vamos conseguir mudar este panorama em breve!


GSP - Recentemente o governador Doria, em um evento no interior de São Paulo, chamou policiais militares aposentados de vagabundos, o que o senhor tem a dizer dessa atitude do governador?

CD - Simplesmente lamentável e vergonhosa! Quem não valoriza o seu passado jamais terá um futuro promissor. Profissionais que dedicaram toda uma vida à causa pública não podem ser tratados desta forma! São verdadeiros heróis, assim como os professores, os profissionais de saúde, e muitos outros também o são, e devem ser reconhecidos como tal pelo Poder Público.


GSP - Sobre a sua vida na Polícia Militar. Do que mais sente saudade?

CD - Apesar da péssima remuneração que nós policiais e bombeiros militares recebemos no estado de São Paulo, esta função de ajudar pessoas e de salvar vidas é extremamente gratificante. Tenho muita saudade de atuar no policiamento, ajudando pessoas e prendendo delinquentes e, também tenho muita saudade de atuar no Corpo de Bombeiros, pois salvar vidas certamente é uma das atividades mais recompensadoras que existem. Deixo aqui a minha continência a estes heróis da vida real e um forte abraço a todos os irmãos de farda!


GSP - O que fez entrar para na política?

CD - A possibilidade de ajudar as pessoas sempre pautou as minhas ações. Pois, desde a adolescência, quando decidi ingressar na Academia do Barro Branco, para me tornar Oficial da Polícia Militar, sempre tive muito claro em minha mente que pautaria a minha vida na tentativa de ajudar as pessoas, sobretudo aquelas que mais necessitam.


GSP - Qual seu maior objetivo político?

CD - Trabalhamos arduamente, todos os dias, para melhorar a vida de nosso povo. Não importa o cargo, seja como policial ou como parlamentar, existem pautas essenciais que o brasileiro não pode mais esperar, como a Segurança Pública. Eu sempre trouxe esse tema como objetivo de vida. Um país seguro, acaba trazendo influxos positivos em diversas áreas, principalmente na economia. A segurança é a chave mestra do sistema, as crianças podem estudar com tranquilidade, os adultos passam a não ter medo de trabalhar e reinvestir seus recursos no mercado interno. Isso sem contar a base, estrutura e tranquilidade para o investimento e capitação de recursos internacionais, seja com investimento em infraestrutura, em tecnologia ou turismo. Esse é meu objetivo, e ele passa necessariamente pela reformulação do sistema, não só de segurança pública, mas principalmente educacional.

O primeiro passo é avançarmos com a valorização dos policiais, que morrem todos os dias para protegerem nossas famílias. Concomitantemente, precisamos de escolas melhores, com professores valorizados, para garantirem um futuro promissor para nossas crianças. Eles são os adultos de amanhã, não podemos deixar que pensem que somos uma geração perdida. Precisamos trabalhar firme e exaustivamente.


GSP - Quem será seu candidato para prefeitura de São Paulo em 2020?

CD - Será aquele nome que melhor represente os anseios do povo paulista. Independentemente de partido ou de origem social ou profissional da pessoa, sempre apoiarei quem, assim como eu, objetive a melhoria da qualidade de vida de nosso povo e a evolução econômica de nosso Estado.


GSP - Hoje qual é o principal problema que o estado de São Paulo enfrenta?

CD - Sérios problemas, como o desemprego, a violência e a crise econômica afligem o nosso povo bandeirante. Só vou pontuar um deles: a desvalorização dos profissionais de segurança pública. É inadmissível que o Estado com mais recursos da nação seja aquele que pior remunera e que mais desvaloriza os seus policiais.


GSP - Qual seu maior sonho?

CD - Viver em um País próspero, seguro, e com melhores condições existenciais. Sabemos que o desafio é grande, nunca tivemos estabilidade econômica e financeira a longo prazo que pudesse nos proporcionar dias melhores, o governo nunca foi inspirador para os cidadãos. Agora os tempos são outros. Ainda vamos viver em um Brasil em que se sai na rua sem medo. Deixar esse país para meus filhos realmente é o maior sonho.


GSP - O Brasil tem jeito?

CD - Com absoluta certeza, o Brasil tem jeito sim! E já estamos recolocando a nossa nação nos trilhos. Estamos superando o maior episódio de corrupção estrutural e institucionalizada que o mundo já teve notícia, este é o maior sinal de que vamos recolocar o Brasil no rumo do progresso.


GSP - Em poucas palavras: quem é o Capitão Derrite?

CD - Família, esposa e filhos. Eles são a razão da minha existência, o combustível que me faz lutar por um país melhor. Quero que em 10, 20 anos, quando meus filhos já tiverem a consciência de questões mais complexas de política, que eles comentem que tem orgulho do pai que tiveram: trabalhador e anticorruptível. Eu sou a extensão da minha família. Agradeço a Deus por ter eles do meu lado nessa luta, que não é fácil.


GSP - Qual o maior aprendizado que teve nesse primeiro ano de mandato?

CD - Aprendemos que, com muito trabalho, honestidade e valorizando a causa pública e o povo de bem, conseguiremos recolocar o Brasil nos trilhos e devolver a dignidade à população de nosso País.

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